Na manhã desta quinta-feira (15), um médico foi resgatado após passar aproximadamente 30 dias em cárcere privado, sendo obrigado a comprar e consumir drogas em uma residência na Vila Palmira, em Campo Grande. Um casal foi preso sob acusação de manter o médico como refém.
A polícia recebeu uma denúncia anônima informando sobre o cárcere do médico. Durante o monitoramento da residência, identificou-se a chegada de um homem de 35 anos, já conhecido dos policiais por envolvimento com o tráfico de drogas.
Ao ser abordado, o homem tentou fugir para dentro do imóvel e pulou o muro, mas acabou sendo detido. O médico, que atua na região da fronteira entre Ponta Porã e o Paraguai, foi encontrado em uma edícula nos fundos da casa, onde estava sendo mantido e forçado a consumir pasta base de cocaína.
A proprietária da residência, uma mulher de 32 anos, também foi presa e alegou que apenas alugava o espaço para a vítima. Segundo o delegado Guimarães, toda vez que o médico tentava escapar, o casal o forçava a consumir mais drogas, levando-o a contrair uma dívida. O médico já havia feito várias transferências bancárias como forma de pagamento. Essa prática mantinha o médico em cárcere e o endividava cada vez mais.
O namorado do médico também foi encontrado na residência e ambos estavam vivendo em condições subumanas. O delegado relata que havia restos de comida espalhados pela edícula e o colchão estava no chão.
No local, foram encontradas e apreendidas cinco porções de pasta base de cocaína, totalizando 66,70 gramas, além de duas porções de maconha, com peso total de 37,10 gramas. Também foram encontrados uma balança de precisão, diversos telefones, uma motocicleta Honda e uma máquina de cartão.
Informações: CG NEWS