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Mais um capítulo da novela do descaso do Centro Poliesportivo da Lagoa Maior…

15/02/2016 – Atualizado em 15/02/2016

Mais um capítulo da novela do descaso do Centro Poliesportivo Eduardo Milanez

Uma obra recém inaugurada apresenta problemas de sua construção e desafia ação do MPE

Hoje (15) completa trinta dias que publicamos a reportagem intitulada “Chove mais no Ginásio Poliesportivo do que na Lagoa Maior”, onde relatamos, mais uma vez, em texto, fotos e vídeos, a situação de fragilidade do Centro Poliesportivo Eduardo Milanez, em Três Lagoas (MS). Obra que custou mais de nove milhões de reais aos cofres públicos.

Na ocasião, a reportagem mostrou erros de projeto e execução na construção, falta de manutenção e limpeza, visto o número de aves encontradas em estado de decomposição. Mas, o fato que causou maior surpresa, foi o grande número de telhas de metal (tipo lâminas), que compõe a fachada e cobertura do prédio, sendo que essas telhas haviam caído no solo em ventos anteriores, evidenciando um perigo em potencial a todos que transitam pelo local.

O fato das telhas se desprenderem com tanta facilidade, seja por erro do projeto ou falta de manutenção, tem sido alvo de questionamentos pelo MPE (Ministério Público Estadual), pois representa riscos para a população, visto que, devido sua localização privilegiada, grande número de pessoas passam diariamente na região, sem levar em conta o alto valor que a Administração Municipal de Márcia Moura pagou pela sua confecção que chega à casa de quase R$ 9 milhões de reais).

SOLUÇÃO À MODA DA CASA

Na manhã de hoje, ao completar 30 dias sem os serviços necessários após a reportagem, foi fotografado uma equipe da empresa Yamarios, especialista em jardinagem – com um caminhão muck elevou os funcionários dentro da cesta e mais uma escada para o alto do ginásio pelo braço mecânico, que foi amarrada na estrutura de ferro do ginásio com uma corda de nylon para que os funcionários pudessem subir no topo – tipo “bom para um quebra-galho” – para realizar o trabalho de reposição com novas telhas.

Os funcionários que estavam no solo confirmaram que não estava sendo feito o serviço de colocação das novas placas de lã de vidro abaixo das telhas, que o vento levou espalhando em várias residências próximas e na avenida Aldair Rosa de Oliveira, em frente ao Centro Poli Esportivo.

Na falta de recolocação dessas peças não foi considerado a sua qualidade de isolamento térmico conforme previsão no projeto inicial do local, que garante garante conforto térmico e acústico aos usuários.

“Imagine alguém ficar dentro desse ginásio no calor de Três Lagoas com o telhado só de lâminas de metal, isso aqui vai virar um forno, sem imaginar que metade do telhado voou com as placas em duas outras ventanias” disse um morador da região que acompanhou nossa reportagem.

Na ação impetrada pelo Dr. Lanza, Promotor do Ministério Público Estadual, consta essa reposição das placas de lã de vidro, e que não está sendo respeitado.

Na inauguração em 31/10/2013, o projeto previa a entrega de um moderno Ginásio de Esportes, com duas quadras oficiais poliesportivas, arquibancadas com 650 assentos, lanchonete e praça de alimentação, quatro vestiários e quatro sanitários; tabelas de basquete hidráulicas; e ainda espaço adequado para aquecimento e ginástica dos atletas, entre outras benfeitorias, previstas no projeto arquitetônico.

A obra foi executada pela empresa Athlon Construções e Incorporações Ltda.

Pouco mais de dois anos e três meses após a entrega do Centro Poliesportivo, inúmeras são as reclamações da população, conforme matérias publicadas neste portal, dentre as denúncias, destacamos a exposição dos moradores da região, frequentadores das quadras e pista de saúde da Lagoa Maior ao material denominado lã de vidro que se desprendem junto com as telhas e colocam em risco a saúde de todos.

Segundo informações, a fibra de vidro tornou-se disponível para uso no começo da década de 1930 na forma de filtros para várias máquinas industriais. Foi usado posteriormente para filtrar e isolar sistemas de fornalha e, com o tempo, para isolamentos contra ruídos e temperatura. A fibra de vidro, um nome comercial, foi cunhada para descrever uma substância manufaturada a partir do vidro e convertida em um tecido fibroso.

A poeira e as partículas desse material podem causar problemas de saúde quando inaladas, ingeridas ou em contato com a sua pele.

A população questiona se no contrato firmado entre a administração municipal e a empresa responsável pela construção, estava previsto um tempo determinado de garantia da obra e a reposição e manutenção adequada sem custos aos contribuintes. “Este ginásio é novo e já apresenta problemas de obras velhas” finalizou o morador.

Empresa realiza a reposição da telha metálica mas não repõe a lã de vidro.

O restante da lã de vidro que estava no telhado, foi retirado mas não houve reposição do material

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