A eleição presidencial de 2026 pode ter a repetição da dobradinha entre Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ricardo Nunes (MDB) pelo menos na questão de apoios partidários. Esta é a sinalização que o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), deixou no ar ao comentar a vitória do correligionário na eleição de São Paulo no último final de semana.
O governador de São Paulo se tornou o principal cabo eleitoral de Nunes após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter participado pouco da campanha, embora tenha indicado o vice-prefeito na chapa. Baleia Rossi sinalizou a possibilidade de o governador paulista caminhar com o MDB na sucessão presidencial.
Com esse novo desenho para 2026, há a possibilidade de a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), ter que buscar nova casa para se candidatar a cargo eletivo. Em Mato Grosso do Sul, a ex-senadora terá poucas chances de encontrar espaço em razão da mudança de lado nas eleições de 2022, quando apoiou Lula contra Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.
Sem espaço
Além disso, os cargos majoritários – governador e senador — estariam praticamente fechados por seus aliados. Para o governo, ela teria que enfrentar Eduardo Riedel, pré-candidato à reeleição e um dos aliados da ministra. Além disso, o marido de Tebet, Eduardo Rocha (MDB), é secretário na gestão de Riedel, o que praticamente inviabiliza eventual confronto ao Governo do Estado.
A ministra também encontraria dificuldade para sair candidata ao Senado na chapa do atual governador. Comenta-se que o ex-governador Reinaldo Azambuja é candidato ao Senado. Já a segunda vaga na chapa de Riedel estaria bem disputada. Surgem nomes do atual senador Nelsinho Trad e do ex-governador André Puccinelli (MDB), que desistiu de disputar a Prefeitura de Campo Grande para apoiar o tucano Beto Pereira.
Do outro lado, pode haver outras pré-candidaturas ao Senado, como a do ex-deputado Capitão Contar (PRTB) e a do deputado federal Vander Loubet (PT). Também não está descartada a pré-candidatura ao Senado do deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP), que saiu fortalecido nas eleições municipais por ter apoiado a prefeita Adriane Lopes desde o início, quando ela estava atrás de vários concorrentes e com alta rejeição.
Essas dúvidas começam a ser criadas devido a uma declaração de Simone Tebet de que não irá mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo, como se desenhava no início de 2023. No entanto, as declarações da ex-senadora não são levadas a sério, uma vez que ela chegou a se lançar candidata ao governo em 2018 e abandonou a disputa uma semana depois.
Fonte: MS em Brasília