36.8 C
Três Lagoas
sábado, 11 de janeiro, 2025

Kemp denuncia problemas enfrentados por pacientes que buscam o Hospital de Câncer Alfredo Abrão

Na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (28), o deputado estadual Pedro Kemp (PT-MS), denunciou os problemas enfrentados pelos pacientes que buscam o Hospital de Câncer Alfredo Abrão, na Capital. A paralisação de atendimento exige uma ação urgente do poder público para garantir à população o direito ao tratamento.

“São casos dramáticos, em que as pessoas estavam com medicamentos a serem tomados dentro de um cronograma estabelecido e simplesmente chegaram lá e tiveram seu tratamento suspenso. ‘Sua injeção não será dada, sem perspectiva de nova data’. A pessoa entra em desespero. O tratamento já é sofrido e sabemos que quanto antes o acesso, mais chances de cura. Eles estão sem alternativa”, disse o deputado com base nas reportagens sobre a situação do hospital.

“O Governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande, que poderiam oferecer o atendimento a esses pacientes, têm nos últimos anos transferido sua responsabilidade a hospitais filantrópicos, mas que hoje tem sim a responsabilidade por essa situação. É atendimento que não pode esperar. Lembro que no Governo Dilma [Rousseff] foi oferecido cinco aceleradores lineares para o tratamento de câncer que, simplesmente, foram dados pelo Estado à iniciativa privada. É nosso papel cobrar. Que o Estado se organize e ofereça o atendimento público, pois os hospitais privados tiveram reformas e aparelhos comprados com o dinheiro público. E tiveram lucro. Há a mercantilização dos serviços”, frisou e ainda, cobrou também transparência na gestão dos recursos, por parte do HCAA.

CPI da Saúde – No ano de 2013, a CPI da Saúde, realizada na Assembleia Legislativa, apresentou relatório apontando indícios de má gestão hospitalar. Neste ano, o Fantástico noticiou as escutas telefônicas captadas durante investigação da PF (Polícia Federal), MP (Ministério Público) e CGU (Controladoria-Geral da União), que reforçaram as suspeitas de irregularidades no Hospital do Câncer (HC) e Hospital Universitário (HU), em Campo Grande, na época. As gravações mostraram relatos sobre sessões de quimioterapia em pacientes que já tinham morrido, cobrança por tratamento contra o câncer que nunca foi realizado e o fechamento do setor de radioterapia de um hospital público para beneficiar clínicas particulares.

As irregularidades vieram à tona na operação Sangue Frio.

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

PPSA coleta R$ 10,32 bilhões com petróleo e gás em 2024

A Pré-Sal Petróleo (PPSA), empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia, arrecadou R$ 10,32 bilhões em 2024 com a comercialização das parcelas de...

21 cidades de SP declaram emergência por dengue

São Paulo tem 21 cidades em situação de emergência devido ao aumento de casos de dengue. Nas duas primeiras semanas do ano, foram registrados...

Governo Lula: desaprovação atinge nível recorde

A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu 49,8%, o maior nível da série histórica, segundo pesquisa da Atlas Intel...