Geral – 08/01/2012 – 12:01
Um protesto chocou os israelenses no último dia 31. Quando boa parte do mundo celebrava a chegada do ano novo (pelo calendário judaico, entre setembro e outubro), dezenas de judeus ultraortodoxos saíram em uma manifestação em Beit Shemesh, nos arredores de Jerusalém, com calças e camisas listradas e estrelas de David na lapela com a palavra “Jude” (judeu, em alemão).
Crianças com o símbolo amarelo no peito levantaram as mãos em frente às câmeras, imitando, não por coincidência, a foto famosa de um menino judeu amedrontado diante de soldados nazistas no Gueto de Varsóvia, na Polônia da Segunda Guerra Mundial.
A comparação com o Holocausto fez os moradores de Israel — Estado criado três anos após o fim do conflito — perceberem que o país passa por uma convulsão interna. Para muitos, um perigo à democracia.
Os manifestantes reclamavam de uma suposta perseguição da imprensa depois que fanáticos religiosos foram acusados de cuspir e xingar mulheres — incluindo uma menina de 8 anos — que não estariam vestidas com “suficiente modéstia”.
Fonte: Daniela Kresch, O Globo / Reuters