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sábado, 21 de setembro, 2024

Intensa seca em MS agrava incêndios e exige monitoramento de rios

Órgãos estaduais intensificam combate a incêndios e monitoram nível dos rios nos biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica.

Com a estiagem severa atingindo Mato Grosso do Sul, autoridades ambientais do Estado têm reforçado o controle e o monitoramento do nível dos rios, além de intensificar o combate aos incêndios florestais nos três principais biomas: Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica. A iniciativa inclui também a orientação a produtores rurais sobre o cuidado com animais domésticos e silvestres, além da criação de aceiros, utilizados tanto para conter o fogo quanto como rotas de fuga para os animais.

Durante a live “Operação Pantanal”, um boletim semanal sobre o combate aos incêndios no Estado, o gerente de recursos hídricos do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Leonardo Sampaio, alertou sobre a preocupante situação dos rios, monitorada por 14 estações de controle.

“Desde 2014 monitoramos os rios, e neste ano o nível está abaixo do esperado em grande parte do Estado, com uma queda média de 2 cm por dia. Emitimos boletins diários para a sociedade e para a Defesa Civil. A seca não só afeta o acesso à água para os animais, como também deixa a vegetação do Pantanal mais vulnerável aos incêndios florestais”, explicou Sampaio.

O Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap) também atua intensamente neste cenário de crise, realizando tanto o resgate de animais quanto orientando os proprietários rurais a adotarem medidas preventivas, como a criação de aceiros. “Esse trabalho ocorre antes, durante e após os incêndios, ajudando a criar rotas de fuga para os animais e prevenindo a propagação das chamas”, destacou o secretário-executivo de Meio Ambiente, Arthur Falcette.

Falcette enfatizou o apoio internacional recebido pelo Gretap, com doações de medicamentos e alimentos para os animais resgatados, além de reforçar a importância de garantir o acesso à água para o gado nas áreas afetadas pela seca, especialmente no Pantanal.

A estrutura de combate aos incêndios florestais foi ampliada em Mato Grosso do Sul, com 13 bases avançadas do Corpo de Bombeiros no Pantanal e operações também no Cerrado e na Mata Atlântica. A tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), explicou que a seca extrema no Cerrado, embora apresente focos de calor, não se propaga tanto quanto no Pantanal, onde o terreno e a vegetação favorecem a disseminação do fogo.

“A estiagem prejudica inclusive o combate aos incêndios, pois muitos acessos são feitos pelos rios, e a baixa navegabilidade dificulta o trabalho das equipes”, afirmou Inoue.

De janeiro a setembro deste ano, o Pantanal já registrou 7.309 focos de calor. No Cerrado, foram identificados 3.517, e na Mata Atlântica, 937. As ações para conter a devastação seguem intensificadas, com a colaboração de bombeiros, órgãos ambientais e produtores rurais, enquanto o Estado enfrenta uma das piores secas dos últimos anos.

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