A inflação apresentou aceleração em dezembro, afetando quase todas as faixas de renda, com exceção das famílias de alta renda, cujo índice recuou de 0,64% em novembro para 0,55% em dezembro. Em contraste, a inflação das famílias de renda muito baixa subiu de 0,26% para 0,48% no mesmo período, impulsionada principalmente pelos grupos de alimentos e bebidas e transportes.
De acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a faixa de renda baixa teve a maior alta inflacionária em 2024, com 5%, enquanto a alta renda registrou 4,4%.
Ao comparar 2024 com 2023, houve aceleração da inflação para as quatro primeiras faixas de renda e desaceleração para as faixas de renda média alta e alta. Já na comparação de dezembro de 2024 com dezembro de 2023, todas as classes de renda, exceto as de renda média e média alta, mostraram desaceleração.
O aumento dos preços de alimentos no domicílio impactou mais fortemente as classes de rendas mais baixas, enquanto os custos de transportes, como combustíveis e transporte por aplicativo, pressionaram mais a inflação das famílias de alta renda. A deflação no grupo habitação, com a queda das tarifas de energia elétrica, trouxe algum alívio inflacionário para todas as classes.
Nos últimos 12 meses, os grupos que mais pressionaram a inflação foram alimentos e bebidas, saúde e cuidados pessoais e transportes, destacando-se os aumentos dos preços de itens como arroz, carnes, óleo de soja, leite e café, além de medicamentos e tarifas de transporte público e por aplicativo.
Com informações Agência Brasil.