34.7 C
Três Lagoas
terça-feira, 7 de janeiro, 2025

Imposto sobre combustíveis terá aumento em fevereiro devido à alta do dólar

A partir de fevereiro, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis sofrerá um aumento, impactado pela alta do dólar e pela recuperação das cotações internacionais do petróleo. Este reajuste poderá dificultar ainda mais a redução das taxas de juros, já que a gasolina, um dos componentes com maior peso no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tende a pressionar a inflação.

A alíquota do ICMS sobre a gasolina e o etanol subirá R$ 0,10 por litro, passando de R$ 1,37 para R$ 1,47. Já o ICMS sobre o diesel e o biodiesel terá um aumento de R$ 0,06, subindo de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro. O aumento do imposto é determinado anualmente, com base na variação dos preços entre fevereiro e setembro do ano anterior.

De acordo com o Comitê Nacional de Secretarias Estaduais de Fazenda (Comsefaz), o reajuste de 2025 reflete a alta observada nas bombas entre fevereiro e setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. “Esses ajustes refletem o compromisso dos Estados em promover um sistema fiscal equilibrado, estável e transparente”, afirmou o comitê.

Com a alta do dólar nas últimas semanas, os preços do diesel e da gasolina já apresentaram aumento, com o diesel S-10 alcançando o maior preço de 2024, R$ 6,27 por litro, e a gasolina subindo para R$ 6,29 por litro. A pressão cambial, que diminuiu nos últimos dias, foi contrabalançada pelo aumento do preço do petróleo, que voltou a subir entre dezembro e janeiro, passando de US$ 72 para US$ 76 por barril.

Embora a Petrobras ainda espere para definir reajustes, a defasagem dos preços no mercado interno já é significativa. Em 4 de janeiro, a diferença entre o preço do diesel vendido pela estatal e a paridade de importação atingiu R$ 0,67 por litro, enquanto a gasolina apresentava uma defasagem de R$ 0,38.

Esse aumento no ICMS vem em um momento de poucos reajustes nos preços da Petrobras, que elevou o preço da gasolina apenas uma vez em 2024, e não reajustou o diesel. Já a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, tem repassado as oscilações do mercado internacional com maior frequência.

Apesar da defasagem no preço dos combustíveis, a Petrobras ainda não tem margem para reduzir os preços nas refinarias, o que impõe um cenário de custos mais elevados para os consumidores.

Com informações Jornal Folha de S. Paulo

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Novas regras para divulgação de operações financeiras à Receita Federal

Desde a última quarta-feira (1º), operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento que movimentam recursos financeiros passaram a prestar informações à Receita...

Adolescente Guarani combate invisibilidade e estigmas na sociedade brasileira

Suriyumi, uma jovem de 15 anos do povo Guarani, tem se destacado como uma das vozes jovens indígenas que lutam contra a invisibilidade e...

Incêndio devastador destrói casa e mobiliza bombeiros na Liberdade, São Paulo

Na noite de segunda-feira (06/01), um incêndio de grandes proporções destruiu uma casa no bairro da Liberdade, em São Paulo. O imóvel pertencia a...