Ao usar o documento do jovem escoteiro Marco Aurélio, alegou que não queria mais usar o nome de seu pai, o que motivou a trocar de nome.
Em Selvíria (MS), distante 74km de Três Lagoas, um homem foi indiciado por falsidade ideológica depois de usar uma certidão de nascimento em nome de Marco Aurélio Sinon, um jovem escoteiro de 15 anos desaparecido em 1985 no Pico dos Marins, em São Paulo e que não foi encontrado até os dias de hoje.
O caso foi descoberto na última quarta (13), porém o caso só foi levado ao público nesta segunda (18). O homem teria ido até a delegacia para fazer seu documento de identidade com o perito papiloscopista, se identificando com o nome da criança desparecida, apresentando inclusive uma certidão de nascimento original em nome de Marco Aurélio, expedida no Cartório Civil de Santa Fé do Sul (SP).
O atendimento foi realizado normalmente, onde o mesmo teria ligado na delegacia para saber se o RG estava pronto. Ao acessar o sistema para verificação, o perito constatou que o documento não havia sido emitido e tinha uma observação, onde ao falar com o setor responsável, foi informado que já tinha um RG registrado no estado com outro nome. Em busca pelo nome que estava na certidão, foi constatado que era de Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon, desaparecido em 1985.
Ao ir na delegacia para buscar o documento nesta segunda (18), foi confrontado sobre o fato, confessou que estava mentindo, dizendo que o motivo que ter solicitado o RG se passando por Marco Aurélio era por não querer usar mais o nome de seu pai, sendo interrogado e indiciado por falsidade ideológica, com uma pena que pode chegar a cerca de 5 anos de prisão.