Em 1º de julho de 2020, o boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde) anunciava: o estado acabava de registrar mais nove óbitos e chega a 85 as vítimas da Covid-19. Naquele momento, Mato Grosso do Sul começava a enfrentar um pico de contaminação e, apesar das normas estabelecidas pelas autoridades para conter a doença, o vírus se espalhou e, após um ano, mais de 8,1 mil moradores perderam a vida para o coronavírus.
Quando comparado, o número de mortes pela doença cresceu mais de 9 mil porcento e os contaminados, que em 1° julho de 2020 era de 33.848 casos, saltou 921%, chegando a mais de 337 mil infecções um ano depois.
Naquela altura, a vacina para imunizar os moradores ainda era um sonho distante. Não havia se quer uma previsão da ciência para ajudar a humanidade a se proteger contra o temido vírus. E lá se foram 365 dias e, graças a ciência, pelo menos quatro fabricantes de vacina tiveram doses disponibilizadas para os moradores de Mato Grosso do Sul: CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen.
A campanha de vacinação se iniciou em janeiro, com as primeiras doses sendo aplicadas em idosos, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde. Muitas famílias perderam entes queridos, classificados no grupo de risco para o vírus e ver pessoas próximas se vacinando contra a Covid-19 gerou emoção na população. Apesar de o início da pandemia os mais prejudicados pelo vírus eram no grupo de risco, o cenário também começou a mudar um ano depois.
Novo cenário, novas exigências
Em MS, os jovens estão sendo cada vez mais vitimados pelo vírus e fator gerou alerta pelo secretário de saúde estadual Geraldo Resende. Em janeiro, quando foi iniciada a campanha de vacinação, os óbitos entre pessoas abaixo dos 60 anos representava 24,5% das mortes por Covid em MS. Em junho, 5 meses depois, com a imunização do público idoso, o percentual de óbitos entre os mais jovens cresceu e apresenta 35,8% das vidas perdidas pelo coronavírus.
Meses se passaram e o público alvo da vacinação foi ampliado e, com ele, as exigências. Se por um lado existiam para aqueles que aguardavam o imunizante, fosse ele qual for, MS contrasta com o cenário de antes e hoje conta com ‘sommeliers da vacina’, aqueles que mesmo tendo o privilégio de estar na fila para se vacinar, querem escolher qual marca será aplicada.
‘CoronaVac? ah, não‘, é o que mais se tem ouvido nas filas de vacinação. Desdenhada, a CoronaVac foi justamente a grande responsável por provocar queda de mortes de idosos, primeiro público prioritário da campanha nacional de imunização. Atualmente, a realidade é que os óbitos decorrentes do novo coronavírus atinge mais os jovens, justamente a faixa etária que ainda não foi contemplada pela imunização.
Apesar dos contáveis sommeliers, Campo Grande e todo Mato Grosso do Sul avança na campanha de imunização contra o coronavírus. Até este fim de semana, a Capital conta com 384.738 pessoas vacinadas pelo menos com a primeira aplicação. Elas representam 42,46% da população total da cidade. Dessas, 179.402 já estão completamente vacinadas contra a doença. Ou seja, 19,8% dos moradores da Capital tomaram às duas doses de imunizantes.
No Estado, foram aplicadas 1.675.881 doses, sendo 1.167.964 milhão de pessoas vacinadas com a primeira dose e 31.611 vacinadas com vacina de dose única. O total de pessoas que tomaram a segunda dose é de 476.306, correspondendo a um percentual de 18,08% dos moradores imunizados.
Informações do site Midiamax