A criação do Grupo de Trabalho (GT) da Polícia Civil, instituído no último dia 19 de fevereiro, representa um passo importante na luta contra a violência doméstica em Mato Grosso do Sul. Coordenado pelos delegados Márcio Rogério Faria Custódio e Maria de Lourdes Cano, o GT tem como principal missão diagnosticar e aprimorar o atendimento às mulheres vítimas de violência, com foco na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Com um prazo inicial de 90 dias para apresentar suas conclusões, a iniciativa busca acelerar investigações e garantir respostas mais ágeis e eficientes.
A Academia de Polícia Civil (ACADEPOL) foi o local escolhido para uma visita de acompanhamento do grupo, que teve a presença do Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Barbosinha. Durante o encontro, ele destacou a importância do trabalho integrado entre os diversos órgãos para melhorar o atendimento às vítimas e fortalecer a resposta do sistema de Justiça. “O primeiro passo foi um mergulho interno para diagnóstico da situação, avaliando os boletins de ocorrência, identificando demandas de tecnologia, estrutura e pessoal. A partir disso, fortaleceremos o diálogo com o município, a União e as instituições do sistema de Justiça, como Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Justiça”, afirmou o secretário, sublinhando que essas parcerias são essenciais para a implementação de medidas eficazes.

O delegado Márcio Rogério Custódio revelou que a equipe já iniciou a análise detalhada das ocorrências registradas, com o objetivo de traçar estratégias mais eficazes de enfrentamento à violência doméstica. “Estamos atuando em duas frentes: reduzir o passivo acumulado, priorizando os casos mais urgentes, e aperfeiçoar o gerenciamento de risco para garantir provisões imediatas às vítimas que correm maior perigo”, explicou. Além disso, ferramentas tecnológicas estão sendo implementadas para otimizar a triagem e acelerar as investigações, garantindo maior eficiência na resolução dos casos.

A delegada Maria de Lourdes Cano destacou que cada boletim de ocorrência está sendo minuciosamente revisado para garantir que os casos recebam o encaminhamento adequado ao Poder Judiciário. “Desde os casos de menor potencial ofensivo até os de grande gravidade, nossa prioridade é garantir que as vítimas tenham proteção e que os agressores sejam devidamente responsabilizados”, ressaltou.
A criação do GT visa também integrar esforços entre as esferas estadual e federal, promovendo um ambiente colaborativo entre as diversas instituições envolvidas no combate à violência contra a mulher. Com um prazo inicial de 90 dias para apresentar os resultados, o grupo tem como objetivo final melhorar o atendimento, garantir maior proteção às vítimas e responsabilizar de forma mais eficiente os agressores.