Saúde – 22/06/2012 – 09:06
A greve no maior hospital público de Dourados, Hospital Universitário (HU), completa hoje (22) uma semana. Parte dos serviços oferecidos à população foram reduzidos. Somente a UTI, semi-UTI e setor da maternidade funciona normalmente. O restante teve corte de 50% no atendimento, a exemplo das consultas com médicos especialistas, feita pelo SUS somente no HU.
Como forma de protesto ao descontento com a falta de diálogo e negociação com o governo federal, os servidores promoveram no HU um “pipocaço” na manhã de ontem. Com narizes de palhaço e distribuição de pipoca e algodão doce, parte dos 500 funcionários lotados no hospital promoveram o manifesto pacífico.
Responsável por atender os municípios da região e cidades paraguaias, o HU de Dourados reduziu drasticamente o atendimento. De acordo com o comando de greve, cirurgias eletivas deixaram de ser agendadas. “Somente quem já tinha marcado o procedimento será atendido”, disse Cleiton Rodrigues de Almeida, integrante do comando.
Outro setor que reduziu 50% do atendimento é o da internação. Os servidores criaram um mapa de escala de plantão. Também houve redução nos setores de exames, como radiologia, tomografia, entre outros.
O setor administrativo do HU, segundo o comando de greve, foi o que teve maior paralisação. Alguns setores que lidam com questões burocráticas do hospital funcionam apenas com 30% dos servidores.
Protesto
Os servidores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), gestora do HU, criaram um cronograma de protestos pacíficos em Dourados, como ocorreu em anos anteriores. Na próxima terça-feira haverá uma passeata com panfletagem. Sairá da unidade I da UFGD com destino à praça Antonio João, onde serão prestados diferentes tipos de serviços nas áreas da saúde e educação. Já na quarta, dia 27, os técnicos administrativos vão promover audiência pública na Câmara Municipal, às 19h. Em pauta estará em debate a duplicação da Avenida Guaicurus, conhecida como avenida da morte. A via dá acesso ao campus da UFGD, quartel e aeroporto. Estima-se que 36 pessoas morreram na rodovia, vítimas de acidente. Já no dia 29 os técnicos farão panfletagem e arrecadação de alimentos em frente ao shopping Avenida Center. Tudo será doado a entidades filantrópicas de Dourados.
Greve
A greve é nacional e tem a adesão de mais de 50 universidades federais. Em Dourados foi iniciada em 15 de junho e não tem data para acabar. Os servidores buscam resolução na mesa de negociação, garantia de recursos para a carreira e atendimento da pauta de reivindicações pelo Governo Federal.
Fonte: Dourados Agora/NG