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terça-feira, 7 de janeiro, 2025

Força Nacional amplia contingente no Paraná após ataques a indígenas

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou um aumento de 50% no contingente da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, localizada entre Guaíra e Terra Roxa, no oeste do Paraná, próxima à fronteira com o Paraguai.

Na sexta-feira à noite, quatro indígenas da comunidade Yvy Okaju (antigo Y’Hovy), do povo Avá-Guarani, foram feridos a tiros. Entre as vítimas, uma criança foi atingida na perna, um jovem foi baleado nas costas, outro indígena foi ferido na perna e um quarto teve o maxilar perfurado por um projétil.

O MJSP garantiu que as ações adotadas já restabeleceram a ordem na região e que medidas preventivas estão em andamento para evitar a escalada de tensões. A decisão de reforçar o efetivo foi tomada após a FNSP ser informada, na sexta-feira à noite, sobre o novo ataque à comunidade indígena.

No mês anterior, a Portaria nº 812 do Ministério da Justiça já havia autorizado, por 90 dias, o emprego da Força Nacional em apoio à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na terra indígena.

Operações e Investigações

Com o risco de novos ataques, equipes de prontidão foram mobilizadas para intensificar o patrulhamento e auxiliar na realocação de moradores para áreas mais protegidas dentro da aldeia. A Superintendência da Polícia Federal do Paraná está conduzindo investigações para identificar os autores dos disparos.

Além disso, a Força Nacional, sob a coordenação da Polícia Federal e em conjunto com a Polícia Militar do Paraná, está realizando policiamento ostensivo para evitar novos incidentes. A Guarda Municipal e a Funai acompanham a situação dos indígenas feridos, que foram levados à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Guaíra e ao Hospital Bom Jesus de Toledo, a 100 quilômetros do local dos disparos.

Críticas à Atuação da Força Nacional

Apesar dos esforços para manter a segurança, entidades representantes de povos indígenas criticaram a atuação da Força Nacional. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e outras organizações afirmam que a Força Nacional age como se nada estivesse ocorrendo na região e chega atrasada aos incidentes.

A Agência Brasil aguarda um posicionamento do MJSP sobre as críticas feitas à Força Nacional.

Histórico de Conflitos

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem denunciado o aumento dos conflitos na região enquanto a comunidade aguarda a conclusão da demarcação da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá. Desde 29 de dezembro, o povo Avá-Guarani tem sido alvo de ataques com armas de fogo, bombas e incêndios.

Imagens dos ataques têm circulado nas redes sociais, mostrando a gravidade da situação enfrentada pelos indígenas na região oeste do Paraná.

Com informações Agência Brasil

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