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sábado, 23 de novembro, 2024

Feminicídios em MS tem aumento de 66% somente no primeiro trimestre de 2024

Dados de mortes de mulheres no estado assustam, e casos de violência doméstica geram alerta.

De acordo com informações fornecidas pelo portal da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), no primeiro trimestre do ano passado, foram contabilizados seis casos de feminicídio, distribuídos igualmente com dois registros em cada um dos meses do período, um aumento de 66%. Entretanto, durante o mesmo período, o número saltou para dez, mesmo considerando que os dados de março ainda estejam incompletos.

Em 2024, a Sejusp registrou três casos em janeiro, quatro em fevereiro e três em março, onde é relevante ressaltar que os três casos de março ocorreram na última semana. Em Campo Grande, Renata Andrade de Campos Widal, de 39 anos, foi assassinada pelo próprio irmão no fim da tarde, no bairro Jardim Centenário. Já Dayane Xavier da Silva morreu após ser atingida por uma facada, no bairro Nova Campo Grande. O marido da vítima é o suspeito e o homicídio teria ocorrido na frente das três filhas do casal, que tem um, cinco e oito anos de idade.

Já em Três Lagoas, a morte de Gilvanda de Paula Silva, 41 anos na manhã do último dia 21, no Santa Luzia em Três Lagoas, entrou para a triste estatística no estado. A enfermeira estava indo em direção à capela funerária para o velório de sua avó, junto de uma idosa, de 76 anos, identificada como Maria Isabel Prates, conhecida como “Bel do PT”, que estava no banco do passageiro, onde já percebeu que estava sendo seguida por Pedro Henrique, seu ex-companheiro.Ao parar no estacionamento do local, foi abordada pelo assassino, que disparou contra Gilvana no abdômen e no tórax.

Ferida, ainda foi socorrida e conduzida à atendimento médico. Já a segunda vítima passa bem e não corre risco de morte. Logo após tomarem conhecimento do caso, diversas equipes da Polícia Militar saíram as ruas em busca de Pedro Henrique.Diligências foram realizadas no Nossa Senhora Aparecida e no Santa Rita, porém não obterem êxito em localizá-lo. Em entrevista exclusiva para a Rádio Caçula, dentro do “Programa Toninha Campos”, o Subtenente Clécio, do 2°BPM relatou que denúncias anônimas realizadas ao 190 apontaram que Pedro estaria escondido em uma residência, na Rua 29 na Vila Piloto, sendo preso.

O ano de 2024 começou com Luciene Braga, 50 anos, sendo morta à pauladas por seu ex-companheiro, Airton Barbosa Louriano, 45 anos. A vítima chegou a dar entrada no hospital, porém já estava morta. A segunda morte aconteceu cerca de dez dias depois, em São Gabriel do Oeste (MS),onde Maria Rodrigues da Silva, 66 anos foi morta por seu ex-marido, de 69 anos com golpes de faca na região do tórax, durante uma briga ao defender seu neto.

Já Marta Leila Silva Neto, 36 anos, foi a terceira morte registrada no estado em 2024 em 21 de janeiro. Moradora de Coxim (MS), também foi esfaqueada por seu ex-companheiro, Sipriano Nascimento de Oliveira durante uma briga. A vítima morreu no local antes da chegada do socorro. Mayara Almondrin Aran, 29 anos se tornou a quarta vítima de feminicídio no estado em 11 de fevereiro, em Nioaque (MS). Ela voltava de uma festa de carnaval com seus amigos quando ao chegar em casa, seu ex-namorado, de 26 anos atirou por três tiros, sendo socorrida, mas não resistiu.

Em Campo Grande (MS), Joelma da Silva, 33 anos foi morta em 21 de fevereiro por seu ex-companheiro com uma facada no peito, sendo o quinto caso no estado. A vítima foi assassinada na sala de sua casa. O suspeito chegou a fugir, mas foi preso horas depois. Gisely Duarte Galeano, 35 anos foi o sexto feminicídio registrado no estado em 28 de fevereiro em Dourados (MS). A vítima foi agredida por diversas vezes por seu companheiro, onde chegou a sofrer um derrame encefálico e sofrer um aborto.

No mesmo dia, o sétimo feminicídio foi registrado no estado. Albina de Freitas, 49 anos foi morta esfaqueada por seu ex-companheiro também em Campo Grande (MS), enquanto ia ao trabalho. A vítima já vinha sendo perseguida e agredida pelo autor do crime há dias. O feminicídio é o homicídio praticado em decorrência da vítima ser mulher, seja por misoginia, menosprezo pela condição feminina ou discriminação de gênero, ou em decorrência de violência doméstica. Em situações de urgência e emergência, quando uma agressão estiver acontecendo, ligue 190 e chame a Policia Militar.

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