Ele afirmou à polícia carioca que levou pertences da casa como parte de pagamento; polícia apura latrocínio
Preso em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, nesta sexta-feira (23), Alessandro de Azevedo Monteiro, 26 anos, negou participação no assassinato do pedagogo e empresário francês Rodolphe Jean-Claude Maurice, 25, ocorrido no Rio de Janeiro. Ele afirmou que levou os pertences da casa como parte do pagamento pelo serviço.
- Na DHC (Delegacia de Homicídios da Capital) do Rio de Janeiro, Alessandro disse que devolveria os pertences. Conforme a polícia carioca, por causa da perplexidade do caso, a polícia francesa – através do consulado da França no Brasil – também abriu investigação paralela e foram expedidos mandados de prisão internacionais para os autores.
- Alessandro foi preso nesta sexta-feira em Campo Grande por policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações), que cumpriram mandado de prisão expedido no dia 6 de outubro pela Justiça do Rio. O GOI fez batida em um pensionato da Avenida Mato Grosso, região central, onde Alessandro estava morando. No quarto, ele não resistiu à prisão e ainda afirmou que “já esperava a polícia”.
- O pedagogo e empresário francês Rodolphe Jean-Claude Maurice foi torturado com marteladas e morto dentro de uma casa que ele comprou para reformar e transformar em pousada na zona oeste do Rio de Janeiro. A polícia, quando o corpo foi encontrado no dia 28 de agosto deste ano, apurava latrocínio – roubo seguido de morte – contudo, a violência empregada no crime chamou a atenção.
- Jean-Claude foi torturado e sofreu “intenso sofrimento físico” por três homens, sendo eles: Alessandro, Thiago Mariano dos Santos – preso nesta semana – e o pedreiro Tawan Matheus Barros Virgolino, este último ainda procurado pela polícia. Jean foi agredido com um martelo, que chegou a quebrar.
- Diante da tortura, a polícia descobriu que a vítima havia se desentendido com um homem que contratou para fazer a reforma do imóvel. Alessandro se passou por engenheiro após um anúncio e procurou Rodolphe. Eles assinaram contrato no dia 20 de julho no valor de R$ 180 mil e a vítima pagou um terço acertado, de R$ 60 mil.
A partir de então, eles começaram a ter divergência, pois Alessandro parou de prestar o serviço. Rodolphe descobriu que Alessandro não era engenheiro e já tinha ficha criminal, decidindo que iria entrar com uma ação contra ele. Foi quando Alessandro decidiu matá-lo.
No dia 27 de agosto, o trio foi até o imóvel, onde amarram a vítima e a agrediram com marteladas. Eles fugiram do local levando um aparelho iPhone 11 ProMax, um Playstation 5 e um MacBook, que foram vendidos a receptadores na manhã seguinte. A polícia conseguiu identificar os receptadores e recuperou todos os bens.