Geral – 04/01/2012 – 16:01
Uma vulnerabilidade no sistema GSM, tecnologia usada na maioria de smartphones com chip, permite que cibercriminosos possam, remotamente, ganhar controle sobre o aparelho da vítima. A conclusão é de um estudo feito por Karsten Nohl, chefe da Security Research Labs, uma empresa alemã de segurança. As informações são da agência de notícias Reuters.
De acordo com Nohl, uma vez que o usuário mal intencionado invade o celular, ele pode enviar mensagens de texto, fazer ligações ou simplesmente utilizar para enviar spams.
Esta falha no sistema GSM é grave, pois ela atinge milhares de usuários de telefonia móvel pelo mundo. Aparelhos GSM atualmente representam 80% da fatia de mercado de telefones celulares.
Ataques parecidos já foram feitos a pequenos grupos de aparelhos, mas agora, ressalta o autor do estudo, qualquer celular está exposto a esta falha.
“Nós podemos fazer isso [espalhar o código que “rouba telefones”] a centenas de milhares de linhas em um curto período de tempo”, disse Nohl durante uma convenção de segurança em Berlim, na Alemanha.
Os fraudadores aproveitam a “posse das linhas” para aplicar golpes por telefone. Geralmente, eles roubam o dinheiro das pessoas antes de a atividade ser identificada pela vítima. Quem tem a linha roubada só consegue saber do roubo após receber as contas das operadoras de telefonia.
Apesar de não especificar detalhes, o chefe de segurança da Security Research Labs informou que nas próximas semanas o código malicioso que “rouba celulares” será replicado por hackers.
Operadoras culpadas
De acordo com o especialista em segurança, as operadoras devem fazer algo para melhorar a segurança de seus clientes. “Nenhuma operadora protege bem os seus clientes”, disse Nohl. Ele ainda comentou que as operadoras poderiam facilmente aumentar a segurança dos clientes e que em muitos casos uma atualização de software já ajuda bastante.
“As redes móveis são de longe a pior parte do ecossistema de telefonia, mesmo comparado com os ataques aos sistemas Android ou iOS.”
Fonte: UOL