Na manhã do último domingo (2), uma mulher de 36 anos foi brutalmente espancada pelo ex-marido, de 32 anos, no bairro Vila Danúbio Azul, em Campo Grande. A vítima relatou que foi pisoteada na cabeça e teve terra misturada com fezes de cachorro jogada em sua boca e nariz. O crime gerou revolta na comunidade e acendeu o alerta para a frequência de episódios de violência doméstica na região.
A Polícia Militar foi acionada pela filha da vítima, que solicitou ajuda após o padrasto agredir sua mãe e deixá-la gravemente ferida. Ao chegarem no local, os policiais encontraram a mulher machucada e suja. Ela relatou que o agressor havia fugido para a casa de um vizinho. Durante buscas, a equipe localizou o suspeito, que resistiu à prisão e ameaçou os policiais. Ele foi contido, reconhecido pela vítima e preso em flagrante.
Histórico de violência e medidas protetivas
Na delegacia, a mulher revelou que conviveu com o agressor por quase três anos e estão separados há cerca de nove meses. Este é o terceiro episódio de agressão registrado contra o ex-companheiro, apesar de uma medida protetiva solicitada em junho. Mesmo com a restrição, ele frequentemente invadia sua casa e a agredia, ameaçando matá-la.
No último episódio, o ex-marido entrou na casa sem autorização, xingou-a com insultos misóginos e a espancou. Ele quebrou o celular da vítima e fugiu.
Versão do agressor e ações da Polícia
O acusado negou as agressões e alegou que o casal ainda estava junto. Ele afirmou que a vítima havia usado drogas e ingerido álcool, atacando-o com uma garrafa e se jogando ao chão. Ele alegou nunca ter agredido a mulher.
Diante das evidências, foi solicitado o uso de tornozeleira eletrônica como medida de segurança para a vítima. O caso foi registrado como resistência, injúria, dano, lesão corporal contra mulher e descumprimento de medida protetiva, sob a Lei Maria da Penha.
Preocupações e denúncias
O episódio levanta a questão da efetividade das medidas protetivas e da necessidade de maior rigor na prevenção da violência doméstica. Grupos de defesa dos direitos das mulheres cobram providências para evitar casos semelhantes. Se você conhece alguém que esteja passando por situações de violência, denuncie pelo telefone 180.
Com informações O buxixeiro