Combate às chamas se expande no Pantanal e outras regiões com previsão de clima seco e altas temperaturas nos próximos dias.
Com a continuidade da estiagem, alta temperatura e baixa umidade relativa do ar, os incêndios florestais em Mato Grosso do Sul seguem se alastrando por todos os biomas do Estado, afetando principalmente o Pantanal. A previsão de clima severo para os próximos dias, com temperaturas de até 40°C, ventos de 50 km/h e umidade em torno de 10%, reforça a necessidade de ações emergenciais.
O combate às chamas é concentrado nas regiões de Paiaguás, Paraguai Mirim, Nabileque, Porto Índio, Miranda, Aquidauana, Costa Rica, São Gabriel do Oeste, Porto Murtinho e no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, em Naviraí. Paralelamente, o monitoramento está sendo feito em Aparecida do Taboado, Água Clara, Estrada Parque (Corumbá) e Chapadão do Sul.
No Pantanal, as condições são ainda mais desafiadoras, levando o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) a manter equipes em 12 bases avançadas. Em Miranda, a aeronave KC-390 foi acionada para alijamento (soltura de água) nas microrregiões de Salobra, Betione e Retiro Chora, protegendo as populações ribeirinhas.
Outro foco crítico é no Paiaguás, próximo à divisa com Mato Grosso, onde o fogo ameaça as margens do Rio Piquiri. Já em Paraguai Mirim, os bombeiros combatem as chamas desde o dia 9, enquanto em Porto Índio, na fronteira com a Bolívia, as operações já duram sete dias. O difícil acesso à área exige o uso de aeronaves para transporte de militares.
A Operação Pantanal 2024, que completa 162 dias, mobiliza forças de segurança estadual e federal, com apoio de aeronaves e equipes por terra e água, em um esforço contínuo para conter os focos de incêndio e proteger as comunidades locais.