Com investimentos bilionários e tecnologia de ponta, unidade promete transformar economia local e reforçar liderança global do Brasil no setor.

Ribas do Rio Pardo viveu um marco histórico nesta quinta-feira, 05, com a inauguração oficial da nova fábrica de celulose da Suzano, batizada de Projeto Cerrado. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou ao local após desembarcar em Campo Grande e seguir de helicóptero. A cerimônia foi realizada sob forte esquema de segurança e reuniu autoridades como ministros, deputados, prefeitos e lideranças estaduais.

Entre os destaques do evento, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, ex-prefeita de Três Lagoas, ressaltou o papel pioneiro do município no setor de celulose, que inspirou novos investimentos no estado. A reportagem da Rádio Caçula, composta pelo jornalista Rafael Oliveira, pelo repórter fotográfico Cláudio Pereira, e o repórter cinematográfico Lucas Dias esteve no evento e acompanhou todos os detalhes.

Um gigante econômico e sustentável

O Projeto Cerrado, que demandou investimentos de R$ 22,2 bilhões, é um dos maiores empreendimentos privados do Brasil. A nova fábrica ampliará a capacidade instalada de celulose da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais, um crescimento de mais de 20%. Com isso, a unidade reforça a posição da empresa como líder global no setor e projeta Mato Grosso do Sul como um dos maiores polos industriais do mundo.

Durante a construção, foram gerados 10 mil empregos diretos. Agora em operação, a unidade emprega 3 mil trabalhadores permanentes, representando 12,9% da população local. A Suzano se consolida como um dos maiores empregadores da região, movimentando a economia de Ribas do Rio Pardo e de todo o estado.

A fábrica é uma referência em inovação sustentável, utilizando o menor raio médio estrutural da base florestal da Suzano, com apenas 65 quilômetros entre as áreas de plantio e a unidade industrial. Isso reduz custos logísticos e impactos ambientais.

Entre as tecnologias adotadas estão a gaseificação de biomassa para reduzir o uso de combustíveis fósseis e a autossuficiência na produção de insumos como ácido sulfúrico e peróxido de hidrogênio. Além disso, a fábrica gera 180 MW médios de energia renovável excedente, suficiente para abastecer uma cidade de mais de 2 milhões de habitantes.

Impacto local e projeção global

A cerimônia foi marcada por discursos que destacaram a importância do setor para a economia de Mato Grosso do Sul. O governador Eduardo Riedel ressaltou o papel estratégico do empreendimento: “Esse projeto não apenas gera empregos de qualidade, mas também eleva a infraestrutura e a renda no estado, que já possui o terceiro maior salário médio do Brasil.”

Já o presidente Lula defendeu a importância de uma economia inclusiva: “Muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza; pouco dinheiro na mão de muitos significa distribuição de renda.”

A ministra Simone Tebet anunciou a possibilidade de instalação de uma nova fábrica de celulose entre Santa Rita do Pardo e Bataguassu, consolidando Mato Grosso do Sul como potência global no setor. O presidente da Suzano, Beto Abreu, destacou o compromisso com a sustentabilidade: “Retiramos mais carbono do ar do que emitimos. Só em 2024, mais de 200 mil hectares de árvores foram plantados em Mato Grosso do Sul.”

O evento contou com a participação de autoridades como o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Renan Filho (Transportes) e Rui Costa (Casa Civil), o presidente da Câmara, Arthur Lira, e lideranças regionais.

A nova unidade da Suzano reafirma o papel de Mato Grosso do Sul como protagonista no cenário nacional e internacional do setor de celulose. Combinando crescimento econômico, geração de empregos e sustentabilidade, o estado consolida sua posição estratégica no desenvolvimento do Brasil.