Pesquisadores do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) revelaram descobertas surpreendentes sobre a vida selvagem no Parque do Pombo, com o apoio da Prefeitura Municipal de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA). Com 69 espécies identificadas, incluindo mamíferos, aves e répteis, o Parque é um importante reduto para a fauna do Cerrado do Mato Grosso do Sul.
Localizado no município de Três Lagoas, o Parque Natural Municipal do Pombo é um dos maiores remanescentes nativos do Cerrado do MS. Com cerca de 8 mil hectares, este santuário ecológico tem como objetivo principal a conservação da fauna e flora em meio à expansão agrícola.
Desde 2022, o ICAS, em colaboração com a SEMEA, vem realizando o Projeto Tatu-Canastra. Esta iniciativa visa estudar e compreender as populações de tatus-canastra, consideradas uma das últimas grandes do Cerrado Sul-mato-grossense. Arnaud Desbiez, fundador do ICAS, destaca a importância ecológica do tatu-canastra, cujas tocas servem de abrigo para outros animais vertebrados. Com 85 armadilhas fotográficas em operação, os pesquisadores já registraram uma fauna diversificada, incluindo espécies ameaçadas como a anta e a queixada.
Além dos tatus-canastra, outras espécies notáveis foram avistadas, como a onça-parda e o lobo-guará. O engajamento da comunidade local e das escolas rurais reforça o compromisso com a conservação do parque. Com seu papel crucial como “Engenheiro de Ecossistema”, o tatu-canastra cria micro-habitats que beneficiam uma variedade de outras espécies, além disso oferece uma oportunidade única para entender e proteger a biodiversidade do Cerrado.
Localizado a 130 km da região urbana de Três Lagoas, o Parque do Pombo é o lar de 127 espécies de aves, além de uma diversidade impressionante de anfíbios, répteis e mamíferos. Com uma infraestrutura dedicada à pesquisa e ao acolhimento de visitantes, este santuário natural é um exemplo de conservação bem-sucedida.