Por Robson Trevisan
O programa de maior audiência de Três Lagoas – Ronda Policial – fez uma enquete e ouviu a população sobre menores conduzirem patinetes e bicicletas elétricas. O assunto, polêmico, surpreendeu: 64% das pessoas que responderam a pesquisa disseram ser contra. 31% responderam que são a favor, mas com regras e equipamentos de segurança.
Apenas 5%, se disseram a favor, do jeito que está. Ao vivo, no programa desta terça-feira, 16.01, o apresentador Marco Campos abordou essa preocupação.
As bicicletas elétricas, uma tendência global para mobilidade urbana, “invadiram” Três Lagoas e hoje é o principal meio de locomoção de muitos jovens e adolescentes.
Em alguns casos, o veículo pode alcançar até 50 km/h e não é incomum avistá-los em alta velocidade pelas ruas da cidade.
Acidentes, infelizmente, não são incomuns. No último final de semana, por exemplo, uma colisão entre uma moto e uma bicicleta elétrica deixou os condutores feridos.
Opinião dos ouvintes
Marco Campos mostrou um vídeo de um condutor empinando uma “mobilete”, na verdade, uma bicicleta elétrica com motor à gasolina, nos arredores da rua Maria Guilhermina Esteves, no Santos Dumont.
No programa ao vivo, alguns ouvintes fizeram questão de dar a opinião deles. Carlos Escarporo, por exemplo, disse “na minha opinião, tinha que mandar essas bicicletas elétricas com motor para o pátio do Detran e cobrar multas pesadas”.
Outra ouvinte pediu: “tinha que ter lei severa”, desabafou Nilda Queiróz. Sem regulamentação específica pelo Contran, para conduzir uma bicicleta elétrica não é necessário nem a utilização de equipamentos de segurança.
Dona Cleusa reclamou das bicicletas elétricas “motorizadas”. “Elas são muito barulhentas. Já vi meninos de 11, 12 anos, andando com elas”, comentou.
Já Daiane Azevedo, da Vila Haro, não é contra. “Muita gente depende delas para trabalhar. Não concordo que dê para crianças. Mas a pessoa, ou a mãe, é que tem que ter consciência”.
Marco Campos conversou com Moacir Girão, fabricante de patinetes e triciclos elétricos. Ele explica que ele é contratado para adaptar bicicletas elétricas com motores à gasolina. “A turma compra as peças pela internet e traz pra gente montar”.
Ele defende que sejam implementados acessórios de segurança como luzes dianteira e traseira, usar luvas e capacete. “Infelizmente é difícil eles comprarem”, concluiu.