A tarde de quinta-feira (30) foi marcada pelo debate em prol das mulheres sul-mato-grossenses, no que tange o enfrentamento a todas as formas de violência, durante audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa, com o tema “Violência contra as Mulheres e o Feminicídio em MS: Todas e Todos no Combate à Misoginia”. O evento contou com a presença da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves.
Representando o governador Eduardo Riedel, a secretária adjunta da Setescc (Secretaria de Estado de Esporte, Turismo, Cultura e Cidadania), Viviane Luiza, afirmou que, “a gestão estadual não está medindo esforços para a construção de políticas públicas efetivas e eficazes, sejam elas com campanhas educativas, sejam elas com programas e ações que contemplem os 79 municípios, sendo essa construção conjunta com transversalidade dentro da esfera governamental e fora dela, porque viver sem violência é um direito de todas as mulheres”.
Já a ministra Aparecida Gonçalves destacou que Mato Grosso do Sul será uma das unidades federativas prioritárias no Pacto Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio e lembrou que, em outros estados o crime acaba sendo subnotificado, porque são classificados como outras formas de homicídios.
“Mato Grosso do Sul está em segundo lugar no feminicídio, pois aqui é tipificado o crime de feminicídio. Muitos estados da federação não tipificam, se aqui isso é feito, registrado, investigado, estará sempre na frente em número de crimes cometidos. Além da tipificação colocar Mato Grosso do Sul em segundo lugar, somos um Estado com região de fronteira enorme, que enfrentam muitos problemas, e isso tem consequência para a vida das mulheres. Também há aqui interesse em fazer as políticas públicas, e isso mostra o desejo de mudar o quadro e a realidade da violência contra as mulheres no Estado, isso é fundamental para formar a política pública”, ressaltou a ministra.
Conforme o Mapa do Feminicídio 2022, elaborado pelo Governo do Estado, ocorreram 34 feminicídios em 2021. Nesse ano, 17.856 mulheres registraram boletins de ocorrência devido a algum tipo de violência doméstica e familiar. Isso significa que, a cada 15 minutos, uma mulher comparece a uma delegacia do Estado para denunciar a violência e buscar ajuda.