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Eldorado Brasil deve começar a produzir em um mês

Política – 10/10/2012 – 23:10

A Eldorado Brasil, nova fabricante de celulose que faz parte do grupo J&F (que controla a JBS), está em fase final de construção de sua primeira fábrica, na cidade de Três Lagoas (MS) e em cerca de um mês deverá produzir seu primeiro fardo da commodity. Essa é a estimativa do presidente da companhia, José Carlos Grubi-sich, que vê a empresa na posição de consolidadora do mercado de celulose por ter capacidade de adquirir novas empresas num horizonte futuro.

Segundo o executivo, que participou do 45º Seminário Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), a participação dos líderes de mercado ainda é pequena ante outros mercados de commodities, onde há uma concentração em apenas três ou quatro empresas. Para ele é natural que no futuro exista um movimento para aglutinar a produção em poucas e grandes corporações.

Apesar de ser uma empresa ainda em fase pré-operacional ele afirmou que a Eldorado está no time de companhias que podem consolidar esse mercado. Porém, questionado se já olha para potenciais alvos ele disse que não, que a Eldorado no momento está focada em crescimento orgânico, mas que “o radar para as boas oportunidades está ligado”, mas descarta aquelas que já possuem ativos mais antigos e que não proporcionem criação de valor para a Eldorado.

E Grubisich traz na bagagem uma larga experiência na formação de empresas. Ele deixou a Rhodia para a formação daquela que viria a se tornar uma gigante petroquímica, a Braskem, da Odebrecht, de onde foi para outra empresa recém-criada à época pelo grupo, a bioenergética ETH e de lá para a nova companhia de celulose.

No momento, a unidade — que está em fase final de construção, sendo projetada para produzir até 1,5 milhão de toneladas de celulose de mercado — está em comissionamento (testes) da primeira caldeira de recuperação de vapor e energia. Esse é o primeiro passo para que a empresa novata no setor de celulose possa testar os demais equipamentos e colocar em funcionamento as partes seguintes da fábrica, que fica às margens do rio Paraná com o Tietê, na divisa com São Paulo.

O executivo disse que a empresa está com o plano de listar as ações na bolsa de valores, mas que ainda não há uma data para que a medida seja tomada pelos acionistas da empresa. Um dos motivos é o baixo nível de endividamento da empresa, que já possui o pacote de financiamento da unidade em obras, orçada em R$ 6,2 bilhões, diferentemente do setor, que vem negociando os covenants financeiros e vendas de ativos para cobrir dívidas.

“A Eldorado já tem o capital aberto e a ideia é de listar nossas acões no Novo Mercado da BM&FBovespa, já temos um alto de nível de governança corporativa, divulgação de resultados trimestrais nas regras de contabilização regulada pela CVM, mas estamos esperando o momento certo para a listagem”, afirmou Grubisich. “Ainda não está em nosso cronograma, mas essa é uma medida para o médio e longo prazo, sem uma data definida”, acrescentou o executivo.

Ele refutou a idéia de que o momento do mercado não é bom para o lançamento das ações. Disse que, como a empresa é nova no mercado, é necessário em primeiro lugar mostrar seu desempenho operacional e comercial para mostrar que pode ser mais competitiva, e assim, criar valor para os acionistas, fato que deve ocorrer em 2013, quando o volume de produção deverá alcançar a sua capacidade estimada.

Em sua análise, o aumento de capital da empresa poderá se dar por meio dessa listagem ou até mesmo por abertura à entrada de um novo sócio na companhia, que poderá se juntar à J&F, MJ, Petros e Funcef, além da Vitória Asset, gestora do Fundo com a participação dos jurídicos de cada quotista e acionista. Muito provavelmente, para a expansão da empresa que está projetada para chegar em 2021 a uma capacidade instalada de cerca de cinco milhões de toneladas da commodity por meio de mais duas linhas de produção de volumes na casa de 1,5 milhão de toneladas e com as melhorias operacionais desses equipamentos nos próximos anos.

Entre os pontos que a Eldorado se vangloria de poder contar para aumentar sua competitividade ante os players mais tradicionais do mercado nacional estão a tecnologia mais moderna para a fabricação de celulose e pelo pacote logístico que utilizará barcaças para o escoamento da produção pelo rio Tietê até a cidade de Pederneiras (SP) e de lá a produção seguirá de trem por uma via da MRS até o Porto de Santos. Fato, que nas palavras do presidente da empresa, deixará o frete mais barato e ajudará a reduzir o custo de produção.

A inauguração oficial da fábrica da Eldorado está prevista para o dia 12 de dezembro. A nova unidade disputará um mercado que este ano deverá se manter em 14 milhões de toneladas de celulose, mesmo volume do ano passado, segundo a Bracelpa. Aliás, a presidente executiva da entidade disse que o cenário deverá a voltar à normalidade apenas em 2013, já que este ano a perspectiva é negativa em termos de receita.

Fonte: Panorama Brasil

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