O crack, assim como outras drogas ilícitas, está destruindo vidas de pessoas de todas as classes sociais e de todas as idades, especialmente de adolescentes e adultos jovens, que param de trabalhar e de estudar, isolando-se de seus familiares, causando lesões irreparáveis no desenvolvimento intelectual e social desses dependentes químicos. O problema, portanto, é social e de saúde pública.
Implantar políticas públicas de auxílio financeiro aos familiares de dependentes químicos pode ajudar a garantir que essas crianças e jovens envolvidos com drogas tenham o tratamento adequado. Esse é o objetivo do deputado estadual Eduardo Rocha, ao apresentar nesta quarta-feira 29.05, uma indicação que será encaminhada a Secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, Tânia Mara Garib.
A solicitação pede que seja viabilizada a criação e implantação de um programa de transferência de recursos financeiros às famílias cujos membros estejam em tratamento de dependência química do crack e de outas drogas.
A epidemia gerada não só pelo consumo, mas também pelo comércio de drogas ilícitas, já se alastrou pelo Estado, assim como ocorre em todo o País, especialmente do crack. Subproduto da cocaína refinada ou da pasta-base, o crack possui alto potencial viciador, fazendo com que o usuário se torne agressivo, minta, furte, roube, se prostitua, passe a também traficar, enfim, faça o que for preciso para conseguir mais droga, aumentando consideravelmente os índices de violência, inclusive dentro das próprias famílias dos usuários, além de causar doenças pulmonares e circulatórias, que podem levar à morte.
De acordo com o parlamentar, esse auxílio financeiro, pode se transformar numa ferramenta no combate a violência e o avanço das drogas no Estado. “A criação de um programa que contemple a transferência de recursos financeiros às famílias cujos membros estejam em tratamento da dependência química, destinando tais verbas especificamente ao custeio das despesas das clínicas ou hospitais nos quais ocorrem as internações ou tratamentos ambulatoriais, poderá trazer resultados positivos, nessa batalha tão difícil, de se vencer – os males decorrentes do uso de drogas”, argumentou o parlamentar.
O programa, a ser nominado pelo Poder Executivo, poderá prever um valor mensal a ser destinado para que as famílias custeiem ações que envolvam e complementem o tratamento, sendo depositado diretamente em favor dos hospitais e clínicas conveniados, por um período pré-determinado, proporcionando a realização das técnicas terapêuticas adequadas à desintoxicação e libertação da dependência química, além de um modelo social de recuperação, em que o paciente participe de atividades laborativas e de fortalecimento de vínculos, orientadas por psicólogos e assistentes sociais, reintroduzindo o cidadão à vida em sociedade.
Por: Da Redação