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Três Lagoas
domingo, 20 de abril, 2025

Diretor do DEPTRAN explica mudanças no fluxo de ruas e estudos para melhorias no trânsito de Três Lagoas

José Aparecido Moraes detalhou sobre os estudos para alterações em vias, além de planos para o fluxo do Centro da cidade, além de uma possível reimplantação da “Zona Azul”, sem prejudicar os três-lagoenses.

Na manhã desta terça-feira, 08, o diretor do Departamento de Trânsito de Três Lagoas (DEPTRAN), José Aparecido Moraes, foi o entrevistado do programa A Hora da Notícia, da rádio Caçula FM 96,9. Durante a entrevista, Moraes falou abertamente sobre as recentes e futuras mudanças no tráfego urbano da cidade, destacando o novo modelo de planejamento participativo com a população e anunciando estudos para a implantação da Zona Azul na área central.

“Diferente de outras épocas, agora ouvimos os moradores antes de qualquer alteração. Não adianta ficar brincando com a cidade no computador”, destacou Moraes, ao explicar que os estudos para definir mudanças de sentido nas ruas têm sido feitos com base no diálogo direto com a população e em análises de fluxo e segurança.

Entre as modificações em andamento, está a transformação das ruas João Marchesi e Manoel Ferreira em vias de sentido único, nos arredores da Lagoa Maior, próximo à um Condomínio Residencial. A João Marchesi passará a operar no sentido Lagoa–Urias Ribeiro, enquanto a Manoel Ferreira seguirá no sentido oposto. Segundo o diretor, o objetivo é melhorar a fluidez e evitar acidentes em horários de pico. “A região tem comércio intenso e, às 17h, quando um caminhão para ali, vira um caos”, explicou.

Além disso, parte da via de acesso à João Marchesi foi fechada para evitar colisões causadas por motoristas que insistem em fazer manobras perigosas. O espaço será transformado em área verde, com paisagismo planejado pela Secretaria de Meio Ambiente.

Quando questionado sobre o centro da cidade, Moraes foi direto: “Se houver necessidade, vamos mexer também.” Ele citou a rua Paranaíba e a região entre os dias 5 e 10 de cada mês, época de pagamento como pontos de congestionamento recorrente. “Você não acha vaga. A cidade tem mais de 104 mil veículos e a frota só cresce. Algo precisa ser feito.”

Uma das principais novidades anunciadas durante a entrevista foi o estudo para a reimplementação da Zona Azul no centro de Três Lagoas. A proposta, segundo Moraes, será moderna, tecnológica e com foco na praticidade do usuário. “Nada de correr atrás de fiscal. Vamos usar parquímetros com pagamento por cartão ou QR Code via celular. Para quem tiver dificuldade, terá suporte em comércios locais e postos fixos com funcionários treinados.”

O diretor ressaltou que o sistema será discutido com a administração municipal e que o projeto final será apresentado ao prefeito e ao secretário de Infraestrutura, Osmar Dias. “Não está decidido ainda, mas o estudo está sendo feito com muito cuidado”, afirmou.

Outro problema recorrente apontado por Moraes foi o uso irregular de cones e cadeiras por lojistas para reservar vagas de estacionamento. “Isso é proibido. Os agentes do Deptran estão orientados a remover e notificar. Ninguém é dono da vaga”, disparou. Segundo ele, o comportamento abusivo de alguns comerciantes só evidencia a falta de espaços adequados para estacionamento e reforça a urgência de organizar melhor a mobilidade no centro.

Sem rodeios, Moraes foi direto ao ponto: “O trânsito é engenharia, fiscalização e educação. E o que falta, muitas vezes, é consciência”. Entre os temas mais polêmicos abordados, o uso de radares eletrônicos foi defendido com firmeza. “Só paga multa quem transgride a lei. Multa não é perseguição, é prevenção. Quem é contra radar, felizmente, nunca teve um familiar atropelado por excesso de velocidade”, afirmou Moraes, que também adiantou a possibilidade de implantação de tecnologia que mede a média de velocidade antes e depois dos radares.

Ele também revelou que a população está dividida quanto aos redutores: enquanto alguns criticam, muitos moradores pedem a instalação de mais dispositivos para coibir abusos. “Nosso compromisso é garantir segurança para todos. E não existe cidade com trânsito seguro sem regras e sem fiscalização”, concluiu.

Além da fiscalização, o diretor anunciou intervenções em áreas críticas, como a frente da Escola Dom Aquino Corrêa, no bairro Santos Dumont. Segundo ele, a recente retirada de uma faixa de pedestres após obras de recapeamento causou confusão, mas o problema está sendo discutido com a direção da escola. “Queremos organizar as entradas e saídas para não sobrecarregar o trânsito e nem colocar os alunos em risco”, explicou.

Nas proximidades da Escola SESI, uma faixa de proibição de estacionamento foi implantada para garantir o fluxo e a segurança. “É inadmissível ver pai entrando na contramão para buscar filho. Precisamos da colaboração das escolas e da consciência dos pais. Trânsito se faz com respeito”, disparou Moraes, ao relatar situações de imprudência flagradas no local.

Outro ponto levantado foi a ausência de quebra-molas próximos a unidades de saúde. Segundo Moraes, essas estruturas podem causar agravamento de quadros clínicos em ambulâncias. “Você pode prejudicar ou até matar quem está sendo socorrido. Por isso, ali o ideal é outro tipo de sinalização”, defendeu. Já nas escolas, o plano é implantar faixas elevadas em todas as unidades, conforme compromisso assumido pelo secretário de Infraestrutura, Osmar Dias e pelo prefeito Cassiano Maia. A intenção é garantir a travessia segura dos estudantes sem comprometer a fluidez do tráfego.

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