Desde de Wilson Alaman, passando por Léo Soto e chegando em Adão Boni, vozes inesquecíveis que conectaram gerações e fizeram história na rádio local.
Nesta quinta-feira, 07 é comemorado o “Dia do Radialista”, momento importante que homenageia todos aqueles que fazem parte deste meio de comunicação que é considerado mágico, e que faz companhia para muitos. Desde os anos 1940, a data era festejada em 21 de setembro, porém, através de uma lei federal de 2006, a função é lembrada este mês. A mudança aconteceu por conta de uma homenagem a Ary Barroso, músico e radialista, autor de canções como “Aquarela do Brasil”.
Em Três Lagoas, o rádio foi marcado por muitos nomes, que passaram pela comunicação local, e hoje se mantém na memória de ouvintes daquelas épocas. Um dos nomes mais lembrados é do radialista Wilson Alaman, que utilizando um Fiat Fiorino usado, comandava as reportagens externas na área policial da Rádio Caçula nos anos 90, eternizando seu nome na comunicação local, marcando por seu estilo único e inconfundível. O sucesso foi tanto, que Alaman foi escolhido pela emissora na época, para aparecer no quadro “Sem Limites” do Fantástico, da TV Globo sobre o mito do “Lobisomem de Três Lagoas”.
Outro nome é do comunicador Léo Soto. Ele começou no rádio nos anos 1960, na Rádio Difusora, quando tinha apenas 17 anos. Na profissão desenvolveu várias atividades como apresentador de importantes artistas na Expotrês, entre eles, Nelson Gonçalves, Tonico e Tinoco, Roberto Leal, Gretchen, Vanusa, Carmem Silva, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo e João Paulo e Daniel.
No currículo do radialista, consta também o tradicional, Festival Record de Música Sertaneja, realizado no Ginásio de Esportes nos anos 70 e um baile de debutantes no início desta mesma década, onde esteve ao lado dos atores Tony Ramos e Aracy Balabanian. Em sua história, o radialista participou ainda do programa de auditório de competição, Cidade Contra Cidade apresentado como quadro do Programa Silvio Santos.
O saudoso Cardoso Filho também é um dos mais citados pelo público. Ele iniciou a carreira no rádio em outubro de 1963 como mesário aqui na Rádio Caçula AM, passando também pela Rádio Difusora AM e por outros meios de comunicação. Seu último trabalho foi na Rádio Cultura FM, onde mesmo já tratando de um câncer, não deixou seu amor pelo rádio, morrendo em 30 de abril de 2022, aos 74 anos, deixando órfãos ouvintes e amigos.
Recentemente, outro nome do rádio também foi para o andar de cima: Adão Boni que começou a trabalhar nos microfones em 1976, passando por diversas emissoras de rádio de Três Lagoas e também em uma breve passagem pela cidade mineira de Araxá (MG), voltando à nossa cidade no fim da década de 1980.
O radialista também passou pela Caçula FM 96,9, onde em 2022 apresentou o programa “Sertanejão Caçula“, que ia ao ar nas tardes da emissora. Adão morreu em agosto de 2023 aos 65 anos, onde também estava estava na Rádio Cultura FM, pertencente ao Grupo RCN de Comunicação, também de Três Lagoas desde agosto de 2021.
Entre muitos meios de comunicação, o rádio mantém uma característica única e especial: a capacidade de despertar a curiosidade e fascinação nos ouvintes, que sempre querem saber quem está do outro lado da transmissão. O rádio se destaca por criar uma conexão íntima com seu público, levando informação, música e entretenimento de forma simples, mas envolvente. Seja pela sua acessibilidade ou pela sensação de proximidade, o rádio permanece um meio de comunicação que, mesmo com a modernização dos tempos, continua sendo uma presença constante no cotidiano de muitos ouvintes através deles: os radialistas.