19/07/2016 – Atualizado em 19/07/2016
Polícia Militar impediu a rua e pode agir há qualquer momento. Moradores já planejam acampar novamente em frente à prefeitura
Por: Lucas Gustavo
Em Três Lagoas, pessoas que procuraram a Casa do Trabalhador nesta terça-feira (19) deram, literalmente, com a ‘cara na porta’. A unidade não emitiu painel de vagas e reservou seus serviços, exclusivamente, para processo seletivo. Apenas moradores com carta de encaminhamento conseguiram ser atendidos.
Conforme apurado pela Rádio Caçula, pelo menos 300 pessoas tomaram as imediações da Casa do Trabalhador. Nem mesmo as calçadas conseguiram acomodar todo o público. Grande parte dos moradores precisou ficar de pé no meio da rua. O fluxo de desempregados dificultou o trânsito de veículos pela via. Houve a necessidade de a Polícia Militar ser chamada para evitar possíveis confusões.
Há tempos, a reportagem tomou conhecimento que a frente da unidade já se tornou abrigo para muitos. Há relatos de desempregados que dormem na calçada do órgão. Para se alimentarem, eles dependem de esmolas e da solidariedade de outros.
Por ser vinculada ao Ministério do Trabalho, a Casa do Trabalhador é responsável também por agilizar as solicitações de seguro-desemprego. Hoje, o serviço foi suspenso e revoltou aqueles que dependem do procedimento. A porta se manteve trancada e as pessoas eram atendidas apenas por uma ‘brecha’.
A equipe de jornalismo da Rádio Caçula tentou falar com a coordenadora da unidade, Fátima Montanha, mas ela alegou estar ocupada para dar esclarecimentos.
TRÂNSITO IMPEDIDO
Ao menos seis equipes da Polícia Militar decidiram impedir, totalmente, a rua a Casa do Trabalhador. O trecho foi fechado para prevenir tumultos e invasões. Entre os PMs estão equipes de transito, rádio patrulha, serviço reservado e Rotai (Rondas Ostensivas Táticas do Interior).
MONTAR ACAMPAMENTO
Revoltados com o descaso por parte da Administração de Três Lagoas, os desempregados já cogitam a possibilidade de ‘acamparem’ novamente em frente à prefeitura.
No início deste mês, por conta da mesma situação, cerca de 200 pessoas protestaram no Paço Municipal, mas não foram recebidos por ninguém do poder público. A intenção do grupo era permanecer no local, mas acabaram impedidos por fiscais de postura, acionados por um vereador ligado à base de Marcia Moura.
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