Nesta terça-feira (11), o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) participou de uma coletiva de imprensa na Câmara dos Deputados, organizada pela bancada de oposição, para discutir o Projeto de Lei da Anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023. O evento contou com o relato emocionado de Vanessa Vieira, esposa de Ezequiel Ferreira Luiz, condenado a 14 anos de prisão pelos atos ocorridos naquela data.
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Acompanhada de seus seis filhos, Vanessa compartilhou as dificuldades enfrentadas pela família desde a prisão do marido. Ela destacou a falta de provas concretas contra Ezequiel e o impacto da ausência paterna na vida das crianças. “Meu marido não quebrou nada, não invadiu nada. Estamos lutando por justiça”, afirmou, visivelmente emocionada.
A coletiva foi liderada pelo deputado Luciano Zucco (PL-RS) e contou com a presença de outros parlamentares, como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Rodrigo Valadares (União Brasil–SE), além de Rodolfo Nogueira. Após o evento, os deputados se reuniram com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir a tramitação do PL da Anistia, que visa revisar as penas aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Nogueira defendeu a necessidade de anistia, argumentando que as penas aplicadas são desproporcionais e que a medida é essencial para a pacificação do país. “A oposição está trabalhando diuturnamente para que a pauta da anistia avance no Congresso Nacional. Há penas desproporcionais aplicadas a pessoas que não quebraram nada. Essa história de golpe não cola mais”, afirmou o deputado sul-mato-grossense.
Ele ainda citou declarações do ministro da Defesa, José Múcio, e do próprio Hugo Motta, que reconheceram a existência de penas excessivas. “O Brasil está vendo que o 8 de janeiro está muito longe de ser um golpe de Estado, conforme muitos tentaram colocar na cabeça da população. O que nós queremos é justiça”, concluiu Nogueira.
Os parlamentares da oposição seguem negociando com Hugo Motta para que o PL da Anistia seja pautado e votado no plenário da Câmara. O projeto tem gerado debates acalorados, dividindo opiniões entre defensores da revisão das penas e críticos que veem a iniciativa como um risco à responsabilização dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Enquanto isso, famílias como a de Ezequiel Ferreira Luiz aguardam ansiosas por uma solução que possa trazer alívio e justiça em meio ao turbilhão político e jurídico que se instalou após os eventos daquele dia.