A ex-deputada federal, Rose Modesto, aguarda apenas a nomeação para assumir um cargo no governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT). Ela será a nova comandante da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).
Rose desponta como favorita há vários dias e aguarda a nomeação há pelo menos um mês, mas algumas pendências ainda precisavam ser resolvidas antes da nomeação, conduzida pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O ministro é responsável por organizar os cargos para garantir uma base de sustentação para Lula e já tinha assegurado o cargo para Rose. Entretanto, ainda precisava resolver a situação de um outro sul-mato-grossense, com mandato, e disposto a apoiar Lula, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB), ex-filiado ao PDT.
Dagoberto também tinha interesse em indicar o comandante da Sudeco e chegou a pedir a nomeação do ex-superintendente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Mato Grosso do Sul, Sergio Roberto Castilho Vieira.
*Caso encerrado*
Nesta semana, Dagoberto se reuniu como Alexandre Padilha e colocou fim ao impasse, negociando com Padilha a indicação para outro cargo no Governo Federal. A função ainda será discutida na próxima semana. O certo é que o deputado foi convencido a desistir da disputa pela Sudeco.
Conforme o Investiga MS, Rose garantiu a vaga pela relação criada no mandato de deputada federal, quando foi da mesa diretora da Câmara e se tornou próxima ao presidente do Congresso, no seu mandato e na atual legislatura, Arthur Lira. Além disso, tem a indicação do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, que hoje defende apoio a Lula.
O União Brasil, inclusive, desistiu de indicar uma diretoria nos Correios, com alto salário, para assegurar a vaga a Rose. O cargo seria uma compensação para a ex-deputada, que abriu mão de concorrer à reeleição para tentar o Governo do Estado, atendendo um desejo pessoal dela de chegar ao Poder Executivo, mas também do partido.