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quinta-feira, 14 de novembro, 2024

Crise habitacional no Vale da Celulose: governo e empresas buscam soluções

Crise habitacional no Vale da Celulose: governo e empresas buscam soluções(Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) para discutir as demandas por moradias no Vale da Celulose, região que abrange 11 municípios localizados na região Leste do Estado. O encontro foi promovido pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul), vinculada à Seilog (Secretaria de Infraestrutura e Logística), e o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção).

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, fez uma apresentação sobre o panorama atual dos investimentos na região, destacando a previsão de criação de mais de 100 mil empregos diretos e indiretos até 2032. Esse crescimento acelerado deverá impactar diretamente a infraestrutura, incluindo serviços essenciais de saúde, educação e, principalmente, o setor de habitação, gerando uma demanda crescente por moradias.

Cidades como Ribas do Rio Pardo, que recentemente recebeu uma fábrica de celulose da Suzano, e Inocência, onde será construída a maior indústria do setor pela Arauco, já enfrentam dificuldades para abrigar os trabalhadores. Municípios vizinhos também estão sentindo o impacto do aumento na procura por aluguéis, o que tem elevado significativamente os preços.

O objetivo do workshop foi apresentar aos empresários as oportunidades de investimento na construção de moradias, detalhar as necessidades de cada cidade e discutir os programas de incentivo do Governo de Mato Grosso do Sul para a construção de moradias populares. “A ideia é que vocês, empresários do setor, possam atuar como prestadores de serviços, criando e oferecendo unidades habitacionais para essas cidades”, afirmou Verruck durante sua fala.

Durante o evento, a diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avezani, apresentou os programas Bônus Moradia e Bônus Moradia Emendas, que oferecem subsídios de até R$ 32 mil para a compra de moradias populares. A Agehab informou que o Governo do Estado está investindo R$ 57,9 milhões em 2024, com projetos de 115 empresas nos 18 municípios contemplados pelos programas.

Foto: Mairinco de Pauda

No entanto, os empresários também destacaram desafios relacionados ao financiamento habitacional, como a demora nas tratativas com a Caixa Econômica Federal e a necessidade de aumento do teto de financiamento. Atualmente, o limite é de R$ 190 mil para cidades do interior e R$ 220 mil para a Capital, valores considerados insuficientes diante do alto custo de terrenos e materiais de construção.

A diretora da Agehab se comprometeu a levar as demandas ao Governo do Estado e a apresentar propostas em um novo workshop, que será realizado em breve. Além dos empresários do setor, prefeitos em exercício e prefeitos eleitos de diversos municípios da região também participaram do evento, que teve a mediação de Alonso Resende, presidente do Sinduscon e diretor da Fiems.

A região do Vale da Celulose é composta pelos municípios de Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Inocência, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas, que têm experimentado um crescimento acelerado devido à expansão da indústria de celulose e seus impactos na economia local.

Com informações Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

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