Investigação revela que crime no Assentamento Mutum envolveu violência extrema e falsos testemunhos.
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul concluiu, nesta quinta-feira (21), a investigação do homicídio de José Honório da Silva, de 45 anos, ocorrido no dia 4 de agosto no Assentamento Mutum, em Brasilândia. O caso, inicialmente envolto em mistério, foi esclarecido após o principal suspeito, J.A.F.S., de 18 anos, confessar o crime, motivado por ciúmes de sua esposa.
O delegado Avelino Rafael Mantovani, que conduziu a investigação, explicou que, em depoimento inicial, J.A.F.S. havia se apresentado como testemunha, alegando que o homicídio fora cometido por um amigo, L.F.S., de 55 anos, com a ajuda de um jovem de 24 anos, V.M.B.S. Ambos foram presos com base nesse testemunho.
Entretanto, a verdade começou a emergir quando L.F.S., durante seu interrogatório, afirmou que as facadas desferidas em José foram em defesa de J.A.F.S., que, por sua vez, teria utilizado um pedaço de madeira para golpear a cabeça da vítima, causando o afundamento do crânio e levando à sua morte. Essa versão foi corroborada por V.M.B.S. e por outra testemunha.
Diante das novas evidências e das contradições no depoimento inicial, J.A.F.S. foi convocado para um novo interrogatório. Acompanhado de seu advogado, ele confessou a participação no assassinato. Segundo o suspeito, o crime foi motivado por ciúmes, já que mantinha um relacionamento com a ex-esposa de José, que não aceitava o fim do casamento e havia ameaçado o casal.
Com a confissão, J.A.F.S. e L.F.S. foram indiciados por homicídio qualificado. Além disso, J.A.F.S. responderá por denunciação caluniosa, devido à falsa acusação feita em seu primeiro depoimento. L.F.S. permanecerá preso, enquanto V.M.B.S. será liberado.