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CPI ouve governador de Goiás nesta terça

Política – 12/06/2012 – 09:06

Após dois meses marcados por depoimentos sem respostas, a CPI do Cachoeira poderá dar um importante passo nesta terça-feira (12), quando ouvirá o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Entre as diversas dúvidas que os parlamentares querem que o tucano esclareça, o foco estará na venda de uma casa onde o bicheiro foi preso.

No imóvel, que já pertenceu a Perillo, Cachoeira foi detido pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, durante a Operação Monte Carlo. O governador diz ter recebido do sobrinho de Cachoeira R$ 1,4 milhão pela casa, valor pago com três cheques. O empresário Walter Paulo Santiago afirma ter pagado pela residência a mesma quantia em dinheiro a um assessor do tucano.

“A polícia não pode ouvir quem tem foro privilegiado como nós faremos, é essa a diferença fundamental”, diz o vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

A CPI já ouviu duas pessoas sobre o assunto. O ex-vereador Wladimir Garcez declarou que comprou a residência de Perillo. Mas, como não dispunha do R$ 1,4 milhão cobrado, emprestou o dinheiro de Cachoeira e Cláudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta no Centro-Oeste. A compra teria sido efetivada com três cheques, os quais, segundo a PF, foram assinados por um sobrinho de Cachoeira.

Além dessa venda, outro assunto que deverá gerar questionamentos é a denúncia do radialista Luiz Carlos Bordoni. Ele afirma ter sido pago por serviços prestados à campanha de Perillo para o governo de Goiás, em 2010, por uma empresa de fachada de Cachoeira, a Alberto & Pantoja Construções. O pagamento teria sido feito em dinheiro. Perillo já negou a acusação e disse que nunca se reuniu com o ex-funcionário para entregar pagamentos.

O governador também deverá ser questionado sobre sua ex-chefe de gabinete Eliana Gonçalves Pinheiro. As investigações da PF indicam que ela falava frequentemente com Cachoeira, que teria indicado vários membros do governo tucano em Goiás. Entre os favores que teriam sido prestados ao contraventor, de acordo com a polícia, estão avisos sobre operações, facilitação de negócios de jogo e favorecimento em licitações.

Para o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), também membro da CPI, Perillo virá “para sepultar as dúvidas e voltar o foco ao que realmente importa: as relações de Cachoeira com políticos de Brasília”.

Além de Perillo e do governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz – que deverá ser ouvido na CPI na quarta-feira (13) –, grampos realizados pela PF flagraram conversas suspeitas de Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO) e três deputados federais.

Fonte: Uol

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