Duas vacas, presas às madeiras de um curral, foram encontradas mortas enquanto tentavam fugir da maior enchente já registrada no Rio Grande do Sul. Seus corpos permanecem no local desde a tragédia, que ocorreu em maio de 2024, na fazenda localizada na Vila de Mariante, distrito centenário de Venâncio Aires, a cerca de 130 km de Porto Alegre.
As cheias do rio Taquari devastaram a região, deixando um rastro de destruição, e cerca de 80 animais perderam a vida na propriedade. O cenário é de total abandono, com os restos mortais dos animais ainda no mesmo lugar onde faleceram, se decompondo ao ar livre, enquanto outros animais são criados a poucos metros de distância.
O governo do Rio Grande do Sul afirmou que desde os primeiros dias da enchente, ações foram promovidas na região, com repasses que somam R$ 7,9 milhões em recursos para Venâncio Aires. Esses valores foram destinados a benefícios sociais para as famílias afetadas, apoio a empresas locais, reformas de hospitais, unidades de saúde, educação e infraestrutura.
O município também contou com 158 microempreendedores contemplados pelo programa MEI RS Calamidades, com R$ 474 mil já repassados. Já o governo federal, até o dia 13 de dezembro, destinou mais de R$ 200 milhões em recursos para o município, visando cuidados com as pessoas, apoio às empresas e medidas gerais de recuperação.
Apesar dos esforços de reconstrução, a região continua tentando se reerguer, enfrentando os desafios impostos pela maior enchente da história do estado, com a presença dos cadáveres de animais sendo um símbolo da destruição que ainda persiste.