Mesmo crianças que já receberam as doses contra a doença devem ser imunizadas com a gotinha de reforço da Campanha 2024
Em todo o mundo, esforços contínuos estão sendo feitos para combater a poliomielite, uma doença altamente contagiosa que já assolou milhões de pessoas. Graças aos avanços científicos e aos esforços internacionais coordenados, estamos mais perto do que nunca de erradicar essa doença devastadora.
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença viral que afeta principalmente crianças menores de cinco anos. Ela é transmitida principalmente por contato direto com fezes contaminadas ou através de gotículas respiratórias de uma pessoa infectada. A doença pode causar paralisia em questão de horas e, em alguns casos, pode ser fatal.
No entanto, desde o lançamento da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio em 1988, grandes avanços foram feitos na luta contra a doença. Graças às campanhas de vacinação em larga escala, o número de casos de poliomielite diminuiu em mais de 99% em todo o mundo.
A vacina oral contra a poliomielite (VOP), desenvolvida por Albert Sabin na década de 1960, tem sido fundamental na prevenção da doença. A VOP é administrada em duas doses, e uma terceira dose é recomendada para garantir a imunidade completa. Além disso, a vacinação em massa é realizada em áreas de alto risco, garantindo que todas as crianças sejam protegidas.
CAMPANHA EM TRÊS LAGOAS (MS)
De acordo com a nota expedida pela Prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas, em parceria com o Rotary Club e a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC), promoverá entre 27 de maio a 14 de junho, a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite. Este movimento nacional visa vacinar todas as crianças de 1 a 4 anos, mesmo aquelas que já estão com a vacinação em dia.
A razão para a vacinação indiscriminada de todas as crianças nesta faixa etária é o risco de retorno da doença no Brasil, devido aos baixos índices de imunização nos últimos anos em todo o território nacional. A meta é alcançar 95% do público-alvo, composto por 7.351 crianças três-lagoenses, utilizando a dose em gota (via oral).
Mesmo aquelas crianças que estão com a caderneta de vacinação em dia, ou seja, todas as doses estabelecidas para a sua faixa etária, ela deve receber essa dose em forma de gotinha, garantindo assim um reforço na imunização. Além disso, as crianças que ainda não se imunizaram com as doses de rotina e tomarem essa gotinha, não estão isentas de receber as demais doses estabelecidas pelo calendário nacional, pois essa dose (via oral) é um reforço excepcional, devido ao risco de retorno da doença.
Apesar da baixa cobertura em muitos municípios, em Três Lagoas as ações de imunização foram eficazes, sendo que em 2023, conforme dados da SMS, ano em que a vacinação para o grupo de crianças até 1 ano de idade, a cobertura contra Poliomielite foi de 93,89% e até 4 anos de idade, 92,06%. Já neste ano, até o momento, 95,70% das crianças até 1 ano foram imunizadas e até 4, 92,32% já receberam a dose.
“O intuito é fazer um cerco sanitário contra a Poliomielite, que está em controle no Brasil, porém não foi erradicada no mundo; então este é um problema para as autoridades sanitárias, que lutam para que a doença não seja reintroduzida no território nacional”, afirmou a Coordenadora da Central de Vacinação, Humberta Azambuja, durante entrevista no programa Hora da Notícia.
Ainda de acordo com a Coordenação Municipal de Imunização, a vacina estará disponível em todas as unidades de saúde, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h30. Além disso, mutirões de vacinação serão realizados nas escolas e Centros de Educação Infantil (CEIs), mediante autorização por escrito dos pais e responsáveis pela criança.