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Três Lagoas
sexta-feira, 17 de janeiro, 2025

Conselheiro tutelar fala dos desafios e avanços enfrentados no atendimento à crianças e adolescentes

Em entrevista à Caçula FM, Paulo Molina destacou a importância da rede de proteção e também da atuação em Três Lagoas, que atendeu mais de 1.3 mil casos em 2024.

Na última quinta-feira, 16, o conselheiro tutelar Paulo Molina participou do programa “A Hora da Notícia” da Caçula FM, onde compartilhou suas percepções sobre o trabalho do Conselho Tutelar de Três Lagoas em 2024. Com um histórico que remonta à criação do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990, Molina destacou a relevância do conselho na proteção dos direitos de crianças e adolescentes, especialmente em um ano marcado por um aumento significativo nas demandas.

“Em 2024, atendemos mais de mil e trezentos casos, com um foco especial em situações de evasão escolar e violência contra crianças“, afirmou Molina. Ele explicou que a evasão escolar foi um dos principais problemas enfrentados, com muitas escolas acionando o conselho após tentativas frustradas de resolver a situação diretamente com os responsáveis.

Molina também abordou a complexidade dos casos que envolvem a violação dos direitos das crianças, ressaltando que, muitas vezes, a situação vai além da evasão escolar, incluindo questões como insalubridade nas residências e dependência química dos responsáveis. “O nosso trabalho é garantir que essas crianças tenham acesso à educação e a um ambiente seguro”, disse.

Um dos principais desafios mencionados por Molina é a alta demanda de casos em uma cidade com cerca de 140 mil habitantes e apenas cinco conselheiros. Ele enfatizou a necessidade de um segundo conselho tutelar para melhor atender a população. “Estamos trabalhando para que essa proposta seja implementada, pois a demanda é crescente e precisamos de mais profissionais para garantir a proteção das crianças”, destacou.

Durante a entrevista, o conselheiro também abordou a descredibilização que o conselho enfrenta por parte de alguns membros da comunidade. “É importante esclarecer que o conselho não tem o objetivo de retirar crianças de suas famílias sem motivo. Nossa função é aplicar a lei quando os direitos das crianças são violados”, explicou.

Molina finalizou a conversa ressaltando a importância da colaboração entre as diversas instituições que compõem a rede de proteção à infância e juventude, como o CRAS, CREAS, Polícia Militar e Civil, e o Ministério Público. “Trabalhar em conjunto é essencial para garantir que as crianças e adolescentes tenham um futuro mais seguro e digno”, concluiu.

O conselheiro reforçou também a necessidade de denunciar casos de violência e abuso envolvendo crianças e adolescentes, onde a população pode colaborar através do (67) 9 9293-1579, número esse que também é do plantão do Conselho, atendendo 24 horas por dia.

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