O filme “Conclave”, do diretor Edward Berger, estreou recentemente nos cinemas brasileiros e é um dos favoritos ao Oscar de Melhor Filme de 2025, com oito indicações na premiação. A cerimônia de entrega das estatuetas ocorrerá no dia 2 de março, e o longa já gerou grande expectativa entre críticos e públicos de diferentes vertentes.
Baseado no livro homônimo de Robert Harris, a trama gira em torno da escolha de um novo papa após a morte do pontífice. O cardeal Lawrence, interpretado por Ralph Fiennes, assume a coordenação do conclave, onde os cardeais disputam a eleição para liderar a Igreja Católica. Cada um dos candidatos apresenta uma visão distinta sobre os rumos da Igreja, desde propostas progressistas até a defesa de tradições conservadoras.
Entre os candidatos, destacam-se figuras como o cardeal Bellini, defensor da inclusão de mulheres e da comunidade LGBTQI+, e o cardeal Adeyemi, que almeja ser o primeiro papa africano. A chegada de um cardeal mexicano, misteriosamente designado, aumenta ainda mais a tensão no processo, com revelações de segredos e intrigas entre os participantes. O filme explora os bastidores desse evento com uma narrativa tensa e cheia de surpresas.
“Conclave” recebeu avaliações extremamente positivas, com 93% de aprovação no Rotten Tomatoes. Especialistas, como Peter Bradshaw do The Guardian, destacaram a obra como um thriller envolvente. No entanto, a crítica de Manohla Dargis, do The New York Times, apontou algumas falhas nas reviravoltas da trama, embora tenha elogiado as atuações. No Globo de Ouro 2025, o filme levou o prêmio de Melhor Roteiro.
Apesar do sucesso com a crítica, “Conclave” tem sido alvo de críticas por parte de grupos católicos, especialmente nos Estados Unidos. A Liga Católica pelos Direitos Religiosos acusou a produção de ser uma propaganda anticatólica. Além disso, figuras como o bispo Robert Barron criticaram a abordagem do conclave como um ambiente de corrupção e ambição, alegando que isso diminui a importância do processo religioso. Contudo, algumas vozes católicas, como as do podcast da revista America, elogiaram a maneira como o filme aborda questões como a participação das mulheres na Igreja