23.1 C
Três Lagoas
quarta-feira, 27 de novembro, 2024

Com apoio do Governo, projeto de três gerações representa “asas do futuro” para milhares de crianças

Lá se vão quase 26 anos de um projeto social por onde já passaram em torno sete mil crianças e adolescentes. Durante todo este tempo o “Asas do Futuro” atendeu três gerações em Campo Grande, sempre com a ajuda de parceiros, incluindo o Governo de Mato Grosso do Sul.

Aulas de futebol, dança, música, literatura, doações de alimentos e até acompanhamento psicológico. São várias as atividades oferecidas em três regiões da cidade. Histórias de famílias agradecidas pela iniciativa também são muitas. A primeira mãe entrevistada pela nossa equipe começou a falar do projeto tomada pela emoção. Ao dizer o quanto as aulas oferecidas de graça mudaram a vida do filho, os olhos de Alaíde Martinez, de 39 anos, ficaram cheios de lágrimas.

O sinal de gratidão veio antes mesmo das palavras. Ryan, de 10 anos, começou a participar do projeto pouco tempo depois da morte do pai. “O futebol aqui no projeto ajudou muito a diminuir a ansiedade dele. O comportamento mudou bastante. E este ano ele foi convidado por outro time para jogar em Rondonópolis no Mato Grosso. Fiquei mais feliz ainda que ele visitou a bisavó que ainda não conhecia, passou o aniversário lá”, conta.

Ryan fala do sentimento de ver a mãe contente com os avanços dele: “Me sinto feliz que minha mãe esteja orgulhosa de mim. Sonho ser jogador de futebol e médico veterinário. Estudo em primeiro lugar”. O projeto “Asas do Futuro” começou em uma casa de esquina comprada para ser mercearia em frente a um campo de futebol no Bairro Dom Antônio Barbosa. O casal Cristiano Lourenço da Silva, de 60 anos, e Jaqueline Teixeira da Silva, de 55, veio com os filhos do interior do Estado depois de muito tempo trabalhando em uma escola agrícola.

A família decidiu abrir um comércio e logo veio o pergunta do filho Diego: Cadê as crianças para brincarem comigo? Criança na vizinhança não faltava, mas os pais trabalhavam na coleta de materiais recicláveis e não tinham com quem deixá-las. Foi neste cenário que surgiu o projeto.   

“Na época não tinha nem escola, era anexo. As mães às vezes nem conseguiam vaga. Deixavam a criança aqui brincando e iam para o lixão ‘bater gancho’. Falavam: ‘Posso deixar meu filho aqui um pouquinho? Vou rapidinho ali e já volto’. Com isso começaram a chegar as crianças”, conta Jaqueline ou dona Jaque, como é conhecida.

O filho complementa as lembranças da mãe: “Era uma equipe, depois duas, três, quatro. Quando fomos ver tinham 150 crianças e o mercadinho faliu. Investimos em futebol, campeonato”.

Um projeto de vida que surgiu em meio a uma região marcada por vulnerabilidade social e insegurança. “A gente conseguiu reverter muita situação de criança que o destino era traçado para estar na marginalidade, fazendo coisa errada. Nosso objetivo sempre foi formar cidadãos de bem”, relata a família.

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Alerta de calor intenso e baixa umidade continuam nesta quarta em Três Lagoas

Meteorologia aponta que dia será marcado por altas temperaturas em todo o leste de Mato Grosso do Sul.

5 novas máquinas caça-níqueis que farão sucesso em 2024

Quanto mais popular for a máquina slot PG Soft suave, maiores serão as chances de ganhar, mas é difícil concordar com isto, uma vez...

“Ainda estou aqui”: Filme bate recorde e se torna o mais assistido no Brasil

O longa-metragem Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, segue quebrando recordes de bilheteira no Brasil. Nesta semana, o filme ultrapassou Wicked e se...