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terça-feira, 4 de fevereiro, 2025

China alerta para uma nova “Guerra Fria” contra os EUA por causa da Covid-19

A relação da China com os Estados Unidos estão a beira de uma nova Guerra Fria ainda mais pela pandemia da Covid-19

25/05/2020 13h11
Por: Patrícia Fernandes com informações do Uol

PEQUIM (CHINA) – O Alerta da China contra os Estados Unidos foi emitido neste ultimo domingo (24), no período da tarde, onde nota-se que suas relações estão a beira do caos, ou seja, uma Guerra Fria, que foi ainda mais prejudicada com a pandemia, que vem avançando rapidamente na América Latina.

A pandemia que já causou mais de 324 mil mortes e mais de 5,3 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo, hoje ofusca a festa do Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã para os muçulmanos.

Essa crise exacerbou as relações já tensas entre a China e os Estados Unidos, e as duas potências continuam com os ataques verbais. Ontem mesmo, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse que Washington se infectou com o vírus político, que vem aproveitando todas as oportunidades que se tem para atacar e difamar a China.

“Algumas forças políticas nos Estados Unidos estão fazendo as relações entre China e Estados Unidos como reféns e levando os dois países a beira de uma nova Guerra Fria”, disse o Chanceler.

Wang também chegou a acusar os políticos americanos de “espalhar boatos” para “estigmatizar a China”, onde a Covid-‘9 surgiu no final do ano passado. No estando, o ministro garantiu que o seu país está aberto a cooperação internacional para identificar a origem do vírus mortal.

Essa cooperação, deve ser “profissional, justa e construtiva” e sem interferências políticas, enfatizou. Já faz um tempo, mas de algumas semanas para cá, o presidente Donald Trump acusou rapidamente as autoridades chinesas de terem demorado para comunicar dados cruciais sobre a gravidade da doença.

De acordo com as pesquisas, os EUA de longe é o pais mais atingido pela Covid-19, tendo 1.6 milhões de casos e 97 mil mortes, no entanto o estado de Nova York, que hoje é o foco da pandemia, registrou 84 mortes nas ultimas 24 horas, o número mais baixo desde o dia 24 de março. A ideia de Trump é flexibilizar o confinamento e reativar a economia, para que tudo volte a normalidade.

FUTEBOL / TURISTAS E AS MISSAS

De pouco em pouco, os países da Europa veem avançando de forma cautelosa o desconfinamento, o continente já ultrapassou dois milhões de infectados e continua sendo o mais enlutado por esta pandemia, com mais de 173.500 mortes.

O governo espanhol anunciou o retorno da Liga de Futebol no dia 8 de junho, e a partir de julho, turistas e estrangeiros vão poder viajar para o país. Assim como a Espanha, a Itália, também irá abrir suas fronteiras aos turistas estrangeiros no dia 3 de junho.

A abertura das fronteiras será crucial para a Espanha, o segundo destino turístico do mundo, onde o setor representa 12% do PIB, Madri e Barcelona, sendo assim vão poder abrir os bares, museus e hotéis, a partir de desta segunda-feira (25).

“A parte mais difícil já passou, a grande onda da pandemia foi superada”, assegurou o chefe do governo espanhol, o socialista Pedro Sanchez.

A França também do outro país gravemente atingido pela Covid-19, só neste domingo que as igrejas voltaram a abrir suas portas.

Depois da Grécia e da França o governo autorizou seus cidadãos no sábado a ir as praias, mas apenas passear ou tomar banho, sem poder tomar sol, na areia.

O EPICENTRO

Enquanto a Europa vem se recuperando, os tremores continuam a abalar os países da América Latina, região esta que se tornou o novo epicentro da Covid-19, segundo a OMS, está no auge da pandemia.

Em toda a América Latina, morreram mais de 39 mil pessoas e foram registradas no total 715.500 mil casos, sendo o país mais punido, que chegou a ultrapassar a Rússia, como o segundo país com maior número de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos. O Brasil, com mais de 347.000 casos e 22.000 mortes, é de longe o mais punido da região e já ultrapassou a Rússia como o segundo país com o maior número de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos.

O presidente Jair Bolsonaro protagonizou uma polêmica, ao fazer um vídeo dentro de seu gabinete, acompanhado de obscenidades, insultos, reclamações e declarações potencialmente incriminatórios, que acabou causando indignação no gigante sul-americano, onde muitos questionam a gestão do governo da crise.

Os EUA veem preparando a para anunciar a proibição das viagens de estrangeiros vindos do Brasil, assim como já fez com a China, Europa e Reino Unido.

O México vem sendo o segundo país da região com maior número de mortes registrados neste sábado, com 65.856 casos confirmado e 7.719 óbitos.

No departamento amazônico de Beni, da Bolívia, com a fronteira do Brasil, foi declarado, um “desastre em saúde”, após o aumento exponencial das infecções e mortes.

O Peru, que é o segundo país da região em infecções, com 115.754, sendo o terceiro com maior mortalidade com 3.300, fez com que o governo viesse a estender o confinamento obrigatório até o dia 30 de junho, embora tenha autorizado a retomada de alguns serviços em domicilio.

O Chile já chegou a contabilizar 65.393 casos com 673 mortos, que acabam multiplicando os protestos nas comunidades mais pobres, como9 a de Santiago, que não tem ajuda do governo, além da falta de comida e do desemprego.

China alerta para uma “nova Guerra Fria contra os EUA por causa da Covid-19. Foto: Divulgação

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