A diretora da instituição, Marisa Oliveira compartilha história de superação e destaca os serviços da Casa, que já atendeu mais de 60 mulheres em situação de vulnerabilidade.
A edição desta sexta-feira, 12, do programa A Hora da Notícia, da Caçula FM 96,9, recebeu a assistente social Marisa Oliveira, diretora da Casa da Mulher Três-Lagoense. Em entrevista emocionante e repleta de histórias de superação, Marisa falou sobre a origem da iniciativa, os desafios enfrentados, o apoio da comunidade e os projetos em andamento na Casa, que neste mês completa três anos de atuação em Três Lagoas.
Segundo Marisa, a ideia surgiu a partir de vivências pessoais e do contato direto com mulheres vítimas de violência. Ela relatou que, ao sair de um período difícil de recuperação da Covid-19, sentiu o chamado para acolher mulheres que, assim como ela, passaram por relacionamentos abusivos. “Eu fui vítima de violência no meu primeiro casamento. Conheço mulheres que vivem há mais de 20 anos nessa situação. E muitas ainda não conseguiram se curar emocionalmente. A Casa nasceu desse desejo de ajudar outras mulheres a se reconstruírem”, destacou.
A Casa da Mulher Três-Lagoense funciona como um espaço de acolhimento, capacitação e fortalecimento para mulheres em situação de vulnerabilidade — seja por violência, dificuldades financeiras ou emocionais. Atualmente, 62 mulheres são atendidas pela instituição, que oferece cursos como corte de cabelo, escova, costura criativa e design de moda, além de apoio psicológico e jurídico.
Durante a entrevista, Marisa ressaltou o papel fundamental da comunidade e de empresários locais no funcionamento da Casa. “Nós sobrevivemos graças à solidariedade. Agradeço de coração aos parceiros, como a AG e empresas como a Gista, que nos doam recursos e materiais. Temos também pessoas que doam tempo, carinho, um abraço. Isso é fundamental”, afirmou.

Ela aproveitou o espaço para fazer um apelo: “Estamos com dois projetos aprovados na Lei Rouanet e buscamos doadores que queiram direcionar parte do seu Imposto de Renda para a Casa. Não é tirar do bolso, é doar aquilo que já iria para o governo e que agora pode ajudar a transformar vidas aqui em Três Lagoas”.
Além de atender mulheres vítimas de violência, a Casa abre suas portas para qualquer mulher que precise de apoio, queira se capacitar ou contribuir com trabalho voluntário. “Lá, o que importa é o amor. Se você sabe ouvir, se se importa com a dor do outro, você pode fazer parte desse projeto”, concluiu.
A entrevista completa está disponível nas redes sociais da Rádio Caçula FM. Para quem quiser conhecer ou ajudar a Casa da Mulher Três-Lagoense, basta procurar o Instituto Amor e Atitude, mantenedor do projeto, que está de portas abertas para voluntárias, apoiadores e empresas parceiras, que também podem ajudar com a chave PIX 42.114.193/0001-51 ou pelo WhatsApp (67) 9.9297-4729.