Presidente foi aconselhado a não se manifestar, mas decidiu apoiar candidato de Alcolumbre
12/01/2021 14h23
Por: Gabrielle Borges
Se confirmada nesta terça-feira (12), a candidatura de Simone Tebet (MS) à presidência do Senado Federal será uma resposta à interferência do presidente da República, Jair Bolsonaro, no processo da Casa. Bolsonaro endossou Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que vai disputar a sucessão de Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Simone não teria o apoio de toda a bancada do MDB, segundo o portal G1, mas sem isenção na eleição e com o PT caminhando com Pacheco, a legenda não vê outra escolha.
A sul-mato-grossense pode atrair os votos de PSDB e Podemos, além de outros partidos. Ela teria em torno de 30 votos, e necessita de 41 para vencer.
Líderes do partido recordam que Bolsonaro foi aconselhado a não se manifestar durante o processo eleitoral da Casa. Eduardo Braga (AM), líder do MDB no Senado, poderia atrair o PT e ter mais chances.
Agora, com Simone candidata, o Palácio do Planalto corre o risco de ser derrotado e não ter alguém alinhado ao governo. A senadora, como adiantou ao Jornal Midiamax na semana passada, é independente, votando ora a favor, ora contra.
Temor
O PT optou por Pacheco acreditando que elegeria Simone se a apoiassem, conforme o portal UOL. Em reunião com a bancada petista, na semana passada, Braga não garantiu que seria o indicado.
A sul-mato-grossense não atrai a simpatia do PT. Ela é próxima do bloco “Muda Senado”, grupo de senadores que apoiam a Operação Lava Jato. Senadores petistas admitiram que a vitória de Simone amplia o poder do MDB, que disputa também a presidência da Câmara dos Deputados.
Fonte Jornal Midiamax