De acordo com o Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, entre 2004 e 2024, 3.413 mulheres foram resgatadas em situações análogas à escravidão ou ao trabalho escravo contemporâneo. Desse total, 200 foram socorridas no ano passado.
A maioria das vítimas (763) tinha entre 18 e 24 anos, representando 22,35% do total. O segundo maior grupo é o de mulheres com idade entre 25 e 29 anos, com 497 vítimas (14,5%).
As estatísticas também mostram que as pessoas com baixa escolaridade têm maior propensão de ser aliciadas e exploradas por meio do trabalho escravo contemporâneo. Ao todo, 15.976 (32,8%) vítimas, mulheres e homens, tinham parado os estudos na 5ª série do ensino fundamental, sem concluí-los; e 12.438 (25,5%) eram analfabetas.
O trabalho escravo contemporâneo é caracterizado por atividades forçadas, condições degradantes ou jornadas exaustivas. Casos em que o funcionário é vigiado constantemente ou tem sua vontade anulada também são considerados trabalho semelhante ao escravo.
Para denunciar casos de trabalho escravo, o principal canal é o Sistema Ipê, do governo federal. As denúncias podem ser apresentadas de forma anônima. Outra opção é o aplicativo Laudelina, desenvolvido pela Themis e a Fenatrad.
Com informações Agência Brasil