A queda da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, que liga Aguiarnopólis (TO) e Estreito (MA), na tarde de domingo (22), pode não ser um evento isolado, se comparada à situação de muitas pontes federais do Brasil. A tragédia ressalta a precariedade da infraestrutura nacional, conforme levantamento detalhado pela Folha sobre as pontes administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Os dados, atualizados até maio de 2023, revelam que 727 pontes no país estão em condições críticas ou ruins, sendo 130 delas na pior condição possível. Outras 597 estão na categoria ruim. Isso significa que 12,5% das pontes federais se enquadram nesses cenários preocupantes. O Dnit é responsável pela manutenção e fiscalização de 5.827 pontes nos 26 estados e no Distrito Federal, excluindo outras estruturas como viadutos, túneis ou passarelas.
A ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, que desabou, estava na categoria 2, que classifica pontes em condição ruim. As categorias de classificação do Dnit variam de 1 (crítico) a 5 (ótimo).
Além disso, o levantamento identificou 1.538 pontes na categoria regular e 2.220 em bom estado. Apenas 67 pontes federais estão na categoria ótima, enquanto 1.275 pontes têm situação “não definida”.
Os estados com maior quantidade de pontes em situação crítica ou ruim são Ceará (77), Pernambuco (60), Minas Gerais (59) e Pará (56). Minas Gerais lidera com o maior número de pontes em estado crítico (22), seguido por Bahia (18) e Ceará (16).
A tragédia destaca a necessidade urgente de investimentos e ações de manutenção na infraestrutura nacional para prevenir novos desastres e garantir a segurança dos cidadãos.
Com informações CG Destak.