O ano de 2024 chega ao fim com o fortalecimento do Judiciário como principal ator político no Brasil, consolidando sua influência sobre decisões do Executivo e do Legislativo. O Supremo Tribunal Federal (STF) desempenhou um papel decisivo ao longo do ano, intervindo em temas governamentais e em crises políticas que marcaram o país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva buscou proximidade com o STF como estratégia para mitigar derrotas no Congresso Nacional e enfrentar turbulências em seu governo. Entre os episódios mais emblemáticos, destacou-se a saída de Silvio Almeida do Ministério dos Direitos Humanos, que evidenciou a pressão de forças políticas sobre o Executivo. O apoio do STF foi essencial para manter o equilíbrio em meio às disputas de poder.
Outro marco de 2024 foi a eleição municipal, que se tornou a mais cara da história do Brasil. O pleito teve um custo total de R$ 4,96 bilhões, impulsionado pelo elevado gasto do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, popularmente conhecido como fundão eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi amplamente criticado pela gestão dos recursos, considerados exorbitantes em um momento de restrições fiscais e desafios econômicos enfrentados pelo país.