Nos últimos meses, tem-se observado um aumento significativo nos casos de falsificação do medicamento Ozempic, utilizado no tratamento do diabetes tipo 2 e popularizado por seus efeitos na perda de peso. Essa situação tem gerado preocupação entre autoridades de saúde, profissionais médicos e pacientes, devido aos riscos associados ao consumo de produtos adulterados.
Casos recentes de falsificação no Brasil
Em outubro de 2024, uma mulher de 46 anos foi internada no Rio de Janeiro após utilizar uma caneta injetável adquirida como Ozempic. Após a aplicação, ela apresentou sintomas graves de hipoglicemia, sendo hospitalizada em estado crítico. Investigações posteriores revelaram que o produto aplicado era, na verdade, insulina de ação rápida, comercializada como se fosse Ozempic. A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou uma investigação para identificar os responsáveis pela adulteração e distribuição do medicamento falsificado.
Alertas da Anvisa sobre lotes falsificados
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu alertas sobre a circulação de lotes falsificados de Ozempic no Brasil. Entre os lotes identificados estão:
- MP5C960: detectado em junho de 2023, apresentando concentração de 1 mg e embalagem em idioma espanhol.
- LP6F832: identificado em outubro de 2023, com data de validade até novembro de 2025.
- MP5A064: encontrado em janeiro de 2024, com validade até outubro de 2025 e concentração de 1,34 mg/mL, também com embalagem em espanhol.
A Anvisa orienta os consumidores a verificarem atentamente as informações nas embalagens e a adquirirem medicamentos apenas em estabelecimentos autorizados, evitando compras por meio de sites não confiáveis ou vendedores informais.