Há meses a secretaria estadual de Saúde (SES) orientava aos 79 municípios de Mato Grosso do Sul para adoção de um intervalo menor entre as aplicações da 1ª e 2ª doses das vacinas contra Covid. Porém, nesta quarta-feira (14), a pasta resolveu alinhar o discurso junto ao Ministério da Saúde e pedir para que as cidades prescrevam um intervalo maior entre as vacinações.
Em nota, a SES diz que irá seguir as recomendações apontadas pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), que recomenda intervalo entre doses de 28 dias da vacina da CoronaVac, 12 semanas entre a primeira e segunda dose da AstraZeneca e 12 semanas entre as duas doses de Pfizer.
o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, havia explicado que a antecipação das segundas doses (D2) AstraZeneca começou no início de maio, deste ano. Já a D2 da CoronaVac vem sendo prescrita de forma prévia desde os primeiros dias de junho. A antecipação da D2 da Pfizer iniciou mais tarde, no final de junho, também de 2021.
Na época, Resende apontou que a prescrição mais breve das segundas doses respeitavam as bulas de cada uma das farmacêuticas. O intervalo entre uma dose e outra da CoronaVac era de 15 dias, da AstraZeneca, 60, e da Pfizer, 60 também.
Diante do novo cenário, onde as aplicações das segundas doses serão postergadas (tempo máximo), a SES disse que “mantém diálogo constante com o Ministério da Saúde em relação às estratégias adotadas no plano de imunização contra Covid”.
Em nota a secretaria detalha sobre a mudança de estratégia: “o Programa Nacional de Imunização orientou que intervalos maiores entre as doses oferecem respostas imunes mais robustas após a segunda dose, o que, em princípio, pode se traduzir, inclusive, em respostas protetoras mais duradouras”.
Mato Grosso do Sul já aplicou 2.049.057 doses, sendo 1.262.561 com a primeira dose, mais de 570 mil com a segunda e ultrapassa as 213 mil doses da Janssen administradas.
Fonte: G1 Mato Grosso do Sul