Com uma das maiores taxas de suicídio no país, 16 cidades de Mato Grosso do Sul ainda não possuem Caps (Centros de Atenção Psicossocial). Conforme o Ministério da Saúde, municípios com população acima de 15 mil habitantes deveriam ter o Caps I, que atende pessoas de todas as faixas etárias.
O levantamento feito pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) mostra que as cidades que ainda precisam se adequar são Amambai, Ivinhema, Miranda, Itaporã, Anastácio, Jardim, Ribas do Rio Pardo, Nova Alvorada do Sul, Ladário, Fátima do Sul, Itaquiraí, Mundo Novo, Terenos, Coronel Sapucaia, Iguatemi e Paranhos.
Ainda de acordo com o MP, os promotores de justiça dessas cidades estão orientados a recomendar aos prefeitos eleitos a implantação do Caps I.
Para tentar suprir a demanda do interior, quatro dos principais municípios do Estado (Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá), possuem residências terapêuticas, que funcionam como moradia alternativa. A Capital abriga quatro destas residências, enquanto que as outras cidades contam com uma cada.
As residências terapêuticas só podem ser instaladas em cidades que previamente possuam um Caps “É nesta linha que tem trabalhado o MPMS, por meio do Núcleo de Apoio Especial à Saúde”, explicou o MP.
Segundo o Ministério da Saúde, as maiores taxas de suicídio a cada cem mil habitantes foram registradas no Rio Grande do Sul (12,37%), Piauí (11,83%), Mato Grosso do Sul (11,76%), Roraima (11,5%), e Santa Catarina (11,21%). Os dados coletados são de 2010 até 2021, divulgado em 2024.
Somente na primeira quinzena do ano foram registrados 16 suicídios em Mato Grosso do Sul, conforme dados da Sejusp (Secretária Estadual de Justiça e Segurança Pública). Em 2024, foram 286 casos, um aumento de 68% em comparação a 2023.
(*) Campo Grande News