Estudante do 7º ano ouviu diálogo pela metade e acabou dizendo para a mãe que haveria um massacre na escola.
Conversa inocente entre alunos da Escola Municipal Professora Licurgo de Oliveira Bastos, na Vila Nasser, em Campo Grande, causou um grande tumulto na tarde desta quinta-feira (1°). O “telefone sem fio”, de uma criança repassando a informação errada para outra, transformou a frase “eu vou massacrar você” no pebolim, em suposta ameaça de matança dentro do colégio.
Uma das mães, que não quis se identificar, disse à reportagem que um homem havia entrada com um facão na escola e estaria ameaçando todos. A informação era de quem cinco viaturas das policiais Civil e Militar e da Guarda Civil Metropolitana estariam no local.
De pronto a equipe de reportagem foi até a escola, que fica na Rua Antônio de Morães Ribeiro, mas acabou encontrando uma movimentação totalmente diferente do que foi informado, mas deu de cara com alguns pais buscando os alunos, desesperados.
A repositora de 28 anos, Maristela Lemos, contou que estava sabendo do suposto massacre desde a tarde de ontem (31) e pediu para que o filho de 11, não fosse para a aula, mas o menino insistiu para não faltar.
“A presidente do bairro avisou no grupo novamente hoje ao meio dia, mas ele quis vir. Às 14h30 a direção da escola ligou para virmos buscar as crianças porque alguns estavam receosos e para não gerar um terror maior, liberaram mais cedo”, disse a mulher.
Em nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) explicou que a situação não passou de uma confusão, que começou na tarde de ontem, quando dois alunos brincavam de pebolim na hora do intervalo e um teria dito ao outro “eu vou massacrar você”, se referindo ao jogo.
O aluno do 7º ano ouviu o diálogo, mas confundiu a informação e acabou relatando para a mãe que hoje haveria um massacre na escola. O assunto, claro, se espalhou rápido entre os pais, até que uma das mães fez a postagem do assunto em uma rede social.
“A situação causou temor entre os alunos e hoje, no sentido de tranquilizar a comunidade escolar, equipes da Guarda Civil Metropolitana acompanharam a entrada dos alunos do período vespertino. Os pais que não desejaram deixar os filhos na escola, puderam fazê-lo. No período matutino, as aulas ocorreram normalmente. Os alunos do período vespertino estão sendo acompanhados pelas equipes da escola e da Semed”, afirmou a secretaria em nota.
A pasta ainda alega que todas as providências foram tomadas e a escola está atuando de forma preventiva e evitando conflitos entre os alunos. Além disso, assim que a falsa ameaça foi identificada, a equipe da Guarda Civil foi acionada e a família que ouviu a frase fora do contexto foi chamada para os devidos registros.
“Mesmo sem haver ameaça, a situação está sendo monitorada e todos os atendimentos necessários foram realizados para garantir a segurança de todos os alunos. Esclarecemos que na REME, desde 2018, há atuação da Equipe de Gerenciamento de Conflitos contra a Violência e Evasão Escolar, que atende caso a caso. Quando ocorre uma situação de ameaça é feito registro imediatamente e encaminhado para a GCM para realizar a segurança nas escolas com dois objetivos, sendo de tranquilizar a comunidade escolar e também de mostrar aos alunos que a atitude de indisciplina não vai passar despercebida”, esclarece a nota.