Política – 17/05/2012 – 14:05
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), rebateu as críticas do PT, partido de oposição ao seu, feitas a partir do acidente no metrô que deixou ao menos 100 feridos na manhã de quarta-feira (16). Alckmin disse que transformar a ocorrência em “briga política” é uma atitude “eleitoreira”. “É muita baixeza isso”, declarou.
Alckmin fez a consideração ao ser questionado sobre a declaração do pré-candidato Fernando Haddad (PT), que considerou a questão dos transportes como um “fracasso” do governo paulista. Sobre o sistema do metrô, ele afirmou que o usuário do transporte pode ficar tranquilo, pois o sistema é seguro.
O governador, que garantiu que o acidente foi decorrente de uma falha técnica, destacou que a administração estadual coloca 98% do dinheiro que é investido nos transportes sobre os trilhos.
Após o choque entre dois trens da Linha 3-Vermelha, a bancada petista na Assembleia paulista divulgou um levantamento com base no Sistema de Acompanhamento da Execução Orçamentária (Siego) apontando que o governo não usou nem a metade (43%) do valor anunciado em investimentos para o Metrô entre 2003 e 2011.
De acordo com o balanço da oposição, no período, o Estado anunciou que investiria R$ 17,1 bilhões no Metrô, mas gastou apenas R$ 9,8 bilhões – ou seja, quase R$ 7,3 bilhões deixaram de ser investidos na área. O “diagnóstico” seria divulgado no final do mês, mas foi antecipado.
Sobre a possível greve dos metroviários, o governador afirmou que a ação seria justificada apenas se não fosse frequente o diálogo do governo com a categoria, que ele classificou como permanente. Ele afirmou ainda que a paralisação só prejudicaria a população. “Não vamos aceitar nenhum tipo de chantagem.”
O PSDB de São Paulo divulgou uma nota na noite de quarta-feira (16) em que acusa o PT de usar o acidente do Metrô para alavancar o pré-candidato Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. José Serra (PSDB)também é pré-candidato à prefeitura, no partido de oposição, e está sendo apoiado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Fonte: Terra