25.5 C
Três Lagoas
segunda-feira, 31 de março, 2025

AGEPEN amplia oficinas laborais e aposta na ressocialização de internos em Mato Grosso do Sul

Capacitação profissional e parcerias estratégicas impulsionam o trabalho prisional e geram oportunidades para reeducandos, segundo a chefe da Divisão de Trabalho Prisional, Elaine Alencar.

A ampliação das oficinas laborais e a implementação de novas iniciativas voltadas à capacitação profissional dos internos do sistema prisional de Mato Grosso do Sul foram os principais temas abordados pela chefe da Divisão de Trabalho Prisional da AGEPEN (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Elaine Alencar, durante entrevista ao programa A Hora da Notícia, da Caçula FM 96,9, nesta quarta-feira, 12. A iniciativa busca oferecer novas oportunidades de trabalho aos custodiados, alinhando-se às demandas do mercado e promovendo a reinserção social.

Segundo Elaine, a AGEPEN acompanha a evolução do mundo do trabalho e investe em alternativas que promovam a capacitação dos internos. “Atualmente, temos cerca de 21 mil pessoas cumprindo pena no estado. Nosso compromisso é preparar essas pessoas para o mercado de trabalho, garantindo que as oficinas ofertadas tenham aplicabilidade real na vida profissional dessas pessoas, tanto no regime fechado quanto quando ganham a liberdade”, explicou.

Entre as principais novidades para 2024, estão projetos como o Cidade Digna, voltado para a fabricação de artefatos de concreto, malharia social, marcenaria e serralheria. “Essas atividades vão muito além da remissão de pena. Elas proporcionam disciplina, aprendizado técnico e uma chance real de reinserção no mercado de trabalho”, ressaltou a chefe da divisão.

A AGEPEN também recebeu recentemente 27 novas máquinas de costura para equipar os presídios do estado. A distribuição desse equipamento segue critérios que priorizam unidades com oficinas preexistentes, que necessitam de complementação, e aquelas que ainda não contam com estrutura para os trabalhos manuais. A ideia é tornar os presídios autossustentáveis, tanto na produção de uniformes para internos quanto em projetos sociais de grande alcance.

A colaboração entre a AGEPEN e as prefeituras tem sido um fator determinante para o sucesso das oficinas laborais. Em Três Lagoas, por exemplo, a parceria com a administração municipal absorve quase 100% da mão de obra dos internos aptos ao trabalho, contribuindo significativamente para a manutenção de espaços públicos. “O empenho da prefeitura de Três Lagoas em oferecer oportunidades para essas pessoas é exemplar”, destacou Elaine.

Outros municípios também têm seguido essa linha de atuação. Em Jardim, mulheres privadas de liberdade são responsáveis pela manutenção de espaços urbanos. “Estamos no sexto ano dessa iniciativa, e os resultados têm sido extremamente positivos, com a cidade sempre bem cuidada e uma nova perspectiva para essas mulheres”, ressaltou Elaine.

Apesar dos avanços, um dos desafios enfrentados pelos egressos do sistema prisional é o preconceito no momento da contratação. “É fundamental que as empresas percebam o potencial desses profissionais. Eles passam por qualificação dentro das unidades, aprendem ofícios e estão prontos para ingressar no mercado formal”, reforçou Elaine.

A AGEPEN tem intensificado as articulações com empresas privadas e órgãos públicos para ampliar a empregabilidade dos internos após o cumprimento da pena. “Nosso trabalho não termina quando a pena é cumprida. Precisamos garantir que essa pessoa tenha uma oportunidade real de recomeçar e construir uma nova história”, concluiu.

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Hospital Regional de Três Lagoas contabiliza mais de 100 cirurgias de catarata no trimestre

Foram 49 cirurgias realizadas em janeiro, 33 em fevereiro e outras 40 agendadas em mutirão que será realizado ainda neste mês de março.

Leis garantem auxílio a vítimas de violência doméstica e para mulheres chefe de família em MS

Elaborado desde o ano passado pela Sead, o programa Recomeços vai atender mulheres vítimas de violência doméstica que estejam em situação de acolhimento na Casa Abrigo para Mulheres e que necessitem de auxílio financeiro.

MS tem produção recorde de etanol e avança na descarbonização do setor bioenergético

A aquisição de equipamentos visa aprimorar a infraestrutura das salas de vacina, garantindo melhor conservação e controle das doses.