O prefeito de Três Lagoas, Cassiano Maia (PSDB), anunciou planos para a revitalização do antigo prédio da Escola SESI, situado em uma área estratégica no centro da cidade. A informação foi divulgada pelo prefeito em suas redes sociais na sexta-feira (24). Segundo o prefeito em uma reunião com o superintendente do SESI, Maia destacou que o local deve ser transformado em um espaço multifuncional.
De acordo com o prefeito, a proposta prevê a construção de uma creche, um centro educacional e uma área destinada à segurança do trabalho. A iniciativa busca otimizar o uso da ampla área e ampliar os serviços de educação infantil no município.
“Essa é uma preocupação que temos com toda aquela área grandiosa, praticamente no centro da cidade. O objetivo é, junto com o SESI e a prefeitura, otimizar e ampliar os serviços, especialmente no que diz respeito à educação infantil. Isso será de grande importância para Três Lagoas”, afirmou Cassiano Maia.
Impasses e tentativas de uso
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O antigo prédio do SESI, no entanto, é alvo de discussões há anos, envolvendo questões de posse, destinação e deterioração. No passado, o município tentou reaver a área, argumentando que o terreno onde o SESI atualmente opera foi cedido pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Contudo, a escritura pública transferiu o imóvel ao SESI, impossibilitando a retomada pela prefeitura.
Em 2011, a Federação das Indústrias recebeu um terreno de 60 mil m² para a construção de uma nova escola, inaugurada no mesmo ano. Em 2018, a FIEMS tentou leiloar o antigo imóvel, avaliado em R$ 6,1 milhões, mas a Controladoria-Geral da União (CGU) apontou irregularidades no Sistema S, e a prefeitura notificou a entidade, ressaltando que o local deveria ser destinado a fins sociais.
Desde 2016, o prédio permanece em deterioração. Propostas, como utilizá-lo como sede da prefeitura ou alugá-lo para abrigar alunos durante a reforma de uma escola estadual em 2023, foram recusadas pela FIEMS, que planeja demolir a estrutura. A entidade afirma estar elaborando um projeto para o local, incluindo uma creche e espaços para capacitação de trabalhadores da indústria, mas os planos ainda estão em análise.
Em maio de 2024, uma Ação Civil Pública questionou a falta de medidas da prefeitura para reaver o imóvel. O processo enfatizou que a permuta da área com o Mercado Municipal, realizada há mais de 50 anos, e a ausência de posse formal do local complicam qualquer solução definitiva. Com um histórico de impasses, o futuro do prédio segue indefinido.